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Com 21 quartos, maior casa do mundo vai a leilão por 60% do valor

Nunca habitada, o valor da casa é estimado em 500 milhões de dólares, o preço inicial do lance está bem abaixo, por 295 milhões de dólares

Palmeiras adornam uma das cinco piscinas da mega mansão. (Douglas Friedman/Architecture Digest/Reprodução)

Palmeiras adornam uma das cinco piscinas da mega mansão. (Douglas Friedman/Architecture Digest/Reprodução)

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Julia Storch

Publicado em 6 de janeiro de 2022 às 13h22.

Após dez anos de desenvolvimento e construção, em janeiro do ano passado, foi inaugurada a maior casa do mundo, em Bel Air, Los Angeles. Porém, a mansão The One construída em um terreno de 20 mil metros quadrados no topo de uma colina, não foi vendida e irá a leilão amanhã (7). 

Nunca habitada, o valor da casa é estimado em 500 milhões de dólares, o preço inicial do lance está bem abaixo, por 295 milhões de dólares.

O proprietário da casa é o produtor de cinema Nile Niami, que nos últimos anos também se dedicou em construir e vender mansões pelos Estados Unidos. Para The One, Niami não poupou na construção dos 9.200 metros quadrados da propriedade, que conta com um cinema com 30 lugares, uma pista de boliche, uma galeria de automóveis que pode acomodar 30 carros, um spa e uma boate. Além disso, a mansão possui 21 quartos, 42 banheiros e cinco piscinas. 

Um dos possíveis empecilhos da venda da casa foi citado por Jonathan Miller, presidente da empresa de avaliação e consultoria imobiliária Miller Samuel Inc à Bloomberg“O problema é o quanto você personaliza a propriedade", disse. “Mesmo que a intenção seja chamar a atenção para o imóvel, você também está personalizando, o que pode diminuir o tamanho do bolo do mercado. É um nicho muito pequeno e muito restrito.”

Um exemplo disso é o tanque de águas-vivas que Niami desistiu de construir na mansão. Mas nada o impediu de incluir uma sala de charutos e um bar de tequila. 

Impressionante em tamanho e com salas personalizadas, a mansão conta com um bar de tequila. (Douglas Friedman/Architecture Digest)

Projetada pelo arquiteto Paul McClean e pela designer de interiores Kathryn Rotondi, foram necessários mais de 600 trabalhadores para levantar a casa. Ao site Architectural Digest, McClean comenta que o projeto foi “empolgante e ao mesmo tempo intimidador”. Com vista para o Oceano Pacífico, McClean conta ainda sobre a importância da água para o projeto. “Água é algo que frequentemente usamos em nosso processo de design porque permite uma mudança sensorial que se ajusta ao ambiente”, disse.

O uso de cores neutras, como branco, preto e cinza, foi um dos pedidos de Niami para o projeto, para que a paisagem fosse integrada à casa. Imensas paredes e janelas de vidro destacam a natureza do lado de fora.

A casa é uma oportunidade única, já que decretos municipais de Los Angeles não permitem mais a construção de mega mansões. “Este projeto foi uma jornada longa e educacional para todos nós”, observa McClean ao Architectural Digest. “Foi abordado com entusiasmo e foi emocionante de criar, mas acho que nenhum de nós percebeu quanto esforço e tempo seria necessário para concluir o projeto.”

A construção da mansão não aconteceu sem dores de cabeça para Niami, que precisou recorrer a um empréstimo de 82,5 milhões de dólares, segundo a Bloomberg. “The One não tem absolutamente nenhum problema”, disse Niami. “A casa vale o preço que custa”.

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