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Coleção de vinhos avaliada em R$ 252 milhões vai a leilão; conheça

As vendas serão divididas em cinco leilões em Paris, Londres, Nova York, Hong Kong e Beaune, considerada a capital vinícola da região da Borgonha

Entre os destaques do leilão estão duas garrafas de 6 litros do vinho francês Domaine de la Romaneé-Conti La Tâche (1985), avaliadas em R$ 959 mil (Tantarantana/Getty Images)

Entre os destaques do leilão estão duas garrafas de 6 litros do vinho francês Domaine de la Romaneé-Conti La Tâche (1985), avaliadas em R$ 959 mil (Tantarantana/Getty Images)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 13 de outubro de 2023 às 15h22.

Última atualização em 13 de outubro de 2023 às 15h40.

Imagine uma adega quase infinita, com mais de 25 mil garrafas de vinho, muitas destas com rótulos valiosos. Esta é uma parte da coleção do bilionário taiwanês Pierre Chen, que irá a leilão em novembro.

“Esta é a coleção definitiva de vinhos, que chega ao mercado num momento em que o interesse global por vinhos finos provavelmente nunca foi tão grande”, disse Nick Pegna, chefe global de vinhos e bebidas espirituosas da Sotheby's, que está organizando a venda ao The Guardian. “Esta é uma adega onde cada garrafa tem uma história e onde cada vinho é o melhor que se pode desejar possuir e saborear".

Para a Sotheby's, a coleção adquirida ao longo de 40 anos é uma das adegas mais amplas e valiosas já formada.

As vendas serão divididas em cinco leilões em Paris, Londres, Nova York, Hong Kong e Beaune, considerada a capital vinícola da região da Borgonha. A casa de leilões espera arrecadar R$ 252 milhões.

Rótulos que valem mais do que ouro

Entre os destaques do leilão estão duas garrafas de 6 litros do vinho francês Domaine de la Romaneé-Conti La Tâche (1985), avaliadas em R$ 959 mil. Outro exemplar de 1999 está avaliado em R$ 656 mil.

O mesmo rótulo, com a safra de 1945, bateu o recorde de vinho mais caro já vendido. Em 2018, a Sotheby's leiloou o exemplar por R$ 2.819.016. Segundo o site World Guinness Records, a venda custou 17 vezes mais do que o preço original pedido de R$ 161.664. "Suspeita-se que o aumento no valor das garrafas seja resultado do interesse do mercado chinês por rótulos da Borgonha". A garrafa foi vendida por Robert Drouhin, patriarca da Maison Joseph Drouhin.

Outro rótulo raro é o Pétrus de 6 litros de 1982, considerado um dos vinhos mais importantes de Bordeaux. A previsão de venda é de R$ 328 mil. Além destes, haverá diversos champanhes vintage Krug e Dom Perignon por entre R$ 25 mil e R$ 35 mil a garrafa.

Chen é fundador e presidente da Yageo Corporation, empresa que fabrica componentes eletrônicos para carros, computadores e telefones celulares. Segundo a revista Forbes, o empresário está na 466ª colocação dos mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 5,5 bilhões. 

Para ele, o vinho é considerado a nona forma de arte. "É a única forma de arte que se pode consumir, utilizando sentidos que outras formas de arte normalmente não envolvem, como o paladar e o olfato – e requer criatividade por parte do proprietário”.

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