Club Med Rio das Pedras: unidade passou por revitalização. (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 25 de março de 2024 às 14h10.
Última atualização em 25 de março de 2024 às 14h10.
A língua oficial do Club Med pode ser o francês, mas muito bem que podia ser o português, em especial o falado no Brasil. Em 2023, o faturamento oriundo dos hóspedes da América do Sul se tornou o segundo maior, com quase 148 milhões de euros, parcela significativa dos 2 bilhões de euros que a companhia faturou no ano passado.
Janyck Daudet, CEO do Club Med para a América do Sul, explica que dos 178 mil clientes atendidos na América do Sul, o Brasil representa 161 mil. O resultado também representa um crescimento de 36% em relação a 2023.
"O hóspede brasileiro tem uma importância fundamental para o negócio, em especial para os destinos de esqui. O mês de janeiro é baixa temporada na Europa. É como a segunda-feira para os cinemas. Mas os brasileiros fazem com que nossos resorts fiquem cheios. Além disso, os brasileiros são extrovertidos, e o Club Med é extrovertido", define o executivo.
Não só para enviar turistas para os 17 resorts de neve na Europa, o Club Med também olha para o mercado local. A unidade Rio das Pedras, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, passou por uma revitalização. Em 2026, a rede terá a primeira unidade que não será destino de praia ou para esquiar, em Gramado, no Rio Grande do Sul.
O empreendimento é tocado em parceria com o DC Set Group, em um investimentos total de quase R$ 1 bilhão. Janyck Daudet destaca que o local será das mais alta categoria do Club Med e vai contar até com pista de esqui. "Vai ser a pequena Disney World", diz. Em entrevista exclusiva a EXAME Casual, CEO contou mais detalhes do projeto e de como estão os investimentos no Brasil. Veja os principais trechos.
Como a América do Sul atingiu o faturamento de 148 milhões de euros? O que explica o aumento de 36%?
Esse aumento significativo no faturamento pode ser atribuído, em grande parte, à retomada das viagens após o período de restrições pandêmicas. A ausência de fechamentos dos resorts, pela primeira vez na história do Club Med, contribuiu significativamente para esse resultado positivo. Além disso, a demanda reprimida por viagens após o longo período de isolamento social também impulsionou nossos números. Os brasileiros também redescobriram o turismo nacional. No entanto, o preço elevado das passagens aéreas ainda é um desafio para o turismo interno.
E quanto aos brasileiros viajando para fora do país? Houve um aumento significativo nesse aspecto?
Sim, notamos um aumento no número de brasileiros que escolhem nossos resorts no exterior, especialmente para destinos de esqui na França. O preço mais acessível em comparação com destinos tradicionais, como Miami ou Nova York, tem sido um fator importante nessa escolha. Além disso, a busca por experiências únicas e aventureiras também tem impulsionado essa tendência.
Quais são os planos futuros do Club Med para o Brasil?
Estamos muito animados com o lançamento do novo Club Med em Gramado, no Rio Grande do Sul. Essa parceria com a DC Set Group promete oferecer uma experiência única aos nossos hóspedes. Vai ser um Club Med da mais alta classificação, com pista artificial de esqui, jardim botânico, show de luzes, como já existe no Quebec, no Canadá. Vai ser a pequena Disney World a poucos quilômetros do centro de Gramado. A previsão é para ficar pronto no início de 2026. Além disso, estamos sempre buscando novos destinos e oportunidades de negócio que estejam alinhados com a essência do Club Med. Nosso objetivo é continuar expandindo nossa presença no mercado brasileiro, oferecendo opções diversificadas para diferentes perfis de viajantes.