Basalt: novo SUV cupê da Citroën. (Leo Lara/Studio Cerri/Divulgação)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 19 de setembro de 2024 às 14h16.
Última atualização em 19 de setembro de 2024 às 15h13.
Na última quarta-feira, 18 de setembro, a Stellantis, dona de marcas como Fiat, Peugeot, Ram, Citroën e Jeep, anunciou o início da produção do Citroën Basalt, o novo SUV cupê da montadora francesa. O que poderia ser apenas um anúncio corriqueiro no setor é, na verdade, um marco importante: ele encerra o último ciclo de investimentos da Stellantis e abre caminho para um novo ciclo, com um valor de R$ 32 bilhões destinado à América do Sul, representando uma das maiores revoluções da companhia nos últimos anos.
O setor automobilístico passa por uma das maiores transformações de sua história. Há uma transição em curso que aponta para um futuro elétrico, mas que, por enquanto, tem no híbrido a escolha mais prática, especialmente em países como o Brasil, onde a infraestrutura de carregamento ainda não é suficiente para atender à demanda.
Ficar de fora dessa transformação não é uma opção para a gigante Stellantis. Entre 2025 e 2030, serão investidos R$ 32 bilhões na América do Sul. O grupo possui seis fábricas na região, sendo três delas no Brasil.
Nos planos da companhia, esses recursos serão usados para impulsionar o lançamento de 40 novos produtos e 8 powertrains, além de desenvolver tecnologias como o Bio-Hybrid, soluções de descarbonização em toda a cadeia de suprimentos automotivos, e novas oportunidades estratégicas de negócios.
"A nossa principal meta é atuar na descarbonização, modernizar as fábricas e apresentar a tecnologia Bio-Hybrid", explica Glauber Fullana, vice-presidente de manufatura da Stellantis para a América do Sul. Ele mantém em segredo os detalhes dos próximos lançamentos, mas a meta é apresenta ao mercado o primeiro carro híbrido flex plug-in do Brasil até o final do ano.
Recentemente, em entrevista à EXAME Casual, Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis América do Sul, revelou que a produção desse veículo "já começou".
Fullana também explica que a estratégia da companhia é que as fábricas sejam cada vez mais multimarcas. Atualmente, a planta de Porto Real, no Rio de Janeiro, fabrica apenas carros da Citroën, mas deve abrigar novos modelos em breve. Da mesma forma, a fábrica de Córdoba, na Argentina, deverá receber uma nova família de carros, que poderá "passear" por mais de uma marca do grupo.
Para competir em um segmento que caiu no gosto dos brasileiros, o Citroën Basalt chegará ao mercado em breve. O SUV cupê exibe linhas com uma pegada mais robusta, maior distância ao solo, dianteira vertical, capô elevado, para-lamas alargados e molduras das caixas de roda com formas geométricas distintas.
Poucas informações foram divulgadas até o momento, mas sabe-se que o Basalt foi desenvolvido na América do Sul com forte integração local. Será produzido em Porto Real, junto com o C4 Cactus, C3 e o Aircross. "Será o SUV cupê mais acessível do mercado", afirma Felipe Daemon, vice-presidente da Citroën para a América do Sul.