Desfile da coleção masculina Balmain na Semana da Moda de Paris. (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 13h34.
De coleções com e para estrelas do esporte a bolsas para todos os gostos, confira a seguir algumas tendências da Semana de Moda masculina de Paris para a temporada outono-inverno 2024/2025.
"Quanto menos houver, mais apreciado é, sem que pareça enfadonho", explicou à AFP o estilista Matthieu Bobard Delière, da revista Elle.
Este minimalismo surge naturalmente da macrotendência de 2023, o "quiet luxury" (luxo discreto), que propõe uma moda sóbria, sem alardes e logotipos.
A simplificação dá lugar a linhas claras, simples, com cores fortes, ao estilo de Tom Ford na década de 1990.
A Dior apresentou o terno clássico em versão mais curta, chegando ao comprimento de shorts, preferencialmente acompanhado de meias altas.
Os tons voltaram a ser muito terrenos: chocolate, bege, cinza, preto e azul-marinho.
O desfile de Pharrell Williams para a Louis Vuitton, uma homenagem ao velho oeste e aos indígenas, confirmou a reintrodução do estilo caubói ao vestuário.
As peças já estão aparecendo nas coleções de outros estilistas, como Dries van Noten e Kenzo, confirmando que a onda pode chegar às lojas em breve.
Brim, camurça, couro e bordados apareceram em profusão.
Para evitar a apropriação cultural, o brim aparece bordado, a jaqueta de franjas se mistura com tons mais chamativos, a bota de caubói das Montanhas Rochosas é arrematada com uma elegante espora de ouro; a gravata-borboleta, ao estilo da usada pelos xerifes, aparece em combinações sem relação aparente.
"Stop Forever", "Bohême", "I will not stay silent" "Who killed Bambi?"... Mensagens às vezes bem-humoradas, às vezes incompreensíveis, apareceram escritas na parte de trás das peças, especialmente nas jaquetas.
Kidill as usou em homenagem às estéticas punk e grunge, enquanto Walter Van Beirendonck o fez para se conectar com as gerações mais jovens, e outros simplesmente para reivindicar a marca da casa, como no caso da Kidsuper.
Trata-se de uma tendência que vai se afirmando nas semanas de moda prêt-à-porter: criar coleções mais juvenis e com a colaboração de esportistas de todos as modalidades.
O ídolo da seleção brasileira de futebol Ronaldinho desfilou para a marca americana Kidsuper.
O japonês Mihara Yasuhiro trouxe para seu desfile animadoras de torcida com pompons e o logo "Paris", em clara alusão aos Jogos Olímpicos de verão de 2024 na capital francesa.
A Louis Vuitton contratou recentemente o astro do basquete LeBron James, e seu amigo, Pharrell Williams combinou seu estilo western com algumas peças claramente dirigidas a uma plateia que ama os esportes.
Em desfiles como o de Kidsuper ficou perceptível a presença na plateia de amigos e familiares de astros do basquete e do futebol americano.
Nas passarelas parisienses, nenhum homem sai sem bolsa. Seja com pochetes cruzadas na altura do peito, tipo baquetes ou para usar debaixo do braço, eles assumem seu lado feminino.
Os mestres da peleteria Loewe e Hermès apresentaram enormes bolsas de couro e lã trançada. Kenzo trouxe a taleiga de pescador. A Dior apostou na pochete. E Mihara Yasuhiro brincou com as formas, apresentando bolsas no formato de pequenos dinossauros que podem, inclusive, ser penduradas na cintura.