Chocolates: muitos especialistas em nutrição estão indicando a inclusão do cacau nas dietas de pacientes idosos, uma vez que aumenta a ingestão de nutrientes bons (Philippe Huguen/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2013 às 11h27.
São Paulo - O período que antecede a comemoração da Páscoa evidencia a guloseima favorita de muitas pessoas. Mas há uma boa notícia para quem não resiste a um chocolate: pesquisa da Universidade de Cambridge, no Inglaterra, comprovou que, sem exageros, ele pode trazer benefícios à saúde.
Das 114.000 pessoas que participaram da pesquisa, quem consumia maior quantidade de chocolate apresentou 37% menos chances de apresentar doenças cardiovasculares e 29% de sofrer de derrame.
O que não significa, alerta Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do HCor, que o chocolate esteja liberado para todos. “O produto costuma ter alto teor de açúcar e gordura, levando à obesidade.
Por isso deve ser consumido com moderação. E o cacau, um dos componentes dos chocolates, é rico em flavonóides, substância com efeito cardiovascular protetor: reduz a formação de placas de gordura, diminui a oxidação do colesterol ruim, melhora o fluxo sanguíneo e o controle da pressão arterial", esclarece.
Segundo Magnoni, muitos especialistas em nutrição estão indicando a inclusão do cacau nas dietas de pacientes idosos, uma vez que aumenta a ingestão de nutrientes bons, como a cafeína e os flavonóides.
Além disso, o consumo de cacau melhora a palatalidade e aumenta a aceitação dos alimentos. Segundo o nutrólogo, o consumo de cacau regular estaria também relacionado à melhora das funções cognitivas e sensoriais, “poderia ser um grande aliado em pacientes com demências e Alzheimer” acrescenta.
Segundo a nutricionista do HCor, Camila Torreglosa, o consumo de chocolate irá depender do valor calórico total da dieta de cada um, um consumo moderado de chocolate é de 30 gramas (1 barra pequena) de chocolate amargo (70-80% de cacau) por dia para um adulto.
Por que o amargo é o melhor de todos? "Além de possuir quantidades reduzidas de gordura e açúcar, é o que contém mais massa de cacau (com 70-80%), ou seja, maior presença de antioxidantes em sua composição", informa Torreglosa.
A fabricação do chocolate depende de alguns componentes: o licor de chocolate, ou massa de cacau, a manteiga de cacau (óleo de theobroma), açúcar e leite.
A gordura da manteiga de cacau, o leite e o açúcar são os principais ingredientes que agregam calorias ao chocolate. Por ser vegetal, a gordura da manteiga de cacau não contém colesterol e o porcentual de gordura saturada e insaturada quando combinado a uma alimentação equilibrada poderá estar dentro das recomendações estabelecidas pela Associação Americana de Cardiologia (AHA).
Dicas para curtir a Páscoa sem exageros:
Mitos e Verdades
Mito: O chocolate denominado Diet nem sempre é a melhor opção para o Diabético, pois pode conter maior teor de gordura saturada que os demais chocolates.
Verdade: O chocolate contém estimulantes como a cafeína e a teobromina, gerando um efeito energético que incide sobre a concentração e a capacidade física de quem o consome em quantidades moderadas.
Mito: O consumo de chocolate, ao contrário do que comumente se diz, não causa dependência no organismo. Na verdade, um estudo mostrou que as pessoas têm desejo por chocolate porque gostam da sensação de comê-lo.
Verdade: O consumo excessivo de ovos de páscoa prejudica a redução e controle do peso. ATENÇÃO, um ovo de páscoa grande (500g) pode conter até 2500 calorias!