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Chef dos EUA aposta em sucesso de comida vegana após pandemia

Até mesmo o McDonald’s testa o McPlant, enquanto o mercado sem carne deve movimentar US$ 74,2 bilhões até 2027

Primeira versão do hambúrguer no LC Futuro, da Lanchonete da Cidade (Lanchonete da Cidade/Divulgação)

Primeira versão do hambúrguer no LC Futuro, da Lanchonete da Cidade (Lanchonete da Cidade/Divulgação)

DS

Daniel Salles

Publicado em 5 de dezembro de 2020 às 06h11.

O número de restaurantes fechados não para de crescer nos Estados Unidos - quase um em cada seis restaurantes no país fechou as portas desde o início da pandemia -, mas Matthew Kenney vê oportunidade para crescer.

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O chef de Los Angeles abriu cinco restaurantes vegetarianos desde setembro na Califórnia, Nova York e Buenos Aires, com planos de incluir pelo menos outros oito à sua lista internacional de mais de 25 unidades da rede Matthew Kenney Cuisine. Os restaurantes estão espalhados pelo mundo, de Dubai a Los Cabos, no México, apresentando conceitos como o Double Zero, focado em pizzas, e o Sestina, especializado em comida italiana à base de plantas.

Kenney avança com a meta, mesmo quando a onda de Covid-19 em novembro levou autoridades de Los Angeles a limitar os serviços à entrega de comida. A Associação Nacional de Restaurantes (NRA, na sigla em inglês) informou que cerca de 100 mil restaurantes fecharam nos EUA neste ano. Antes da pandemia, o setor de alimentação adicionava uma média de 10 mil restaurantes por ano, de acordo com um porta-voz da NRA.

É um setor muito atraente para crescer”, disse Kenney, de 56 anos, em entrevista por telefone.

Dois fatores impulsionam o otimismo de Kenney: o aumento da demanda por alimentos à base de plantas - até mesmo o McDonald’s testa o McPlant, enquanto o mercado sem carne deve movimentar US$ 74,2 bilhões até 2027. Além disso, o espaço imobiliário disponível abre espaço para boas ofertas.

Pessimistas dizem que descontos em aluguéis não são suficientes para compensar os riscos de abrir um negócio enquanto o coronavírus se espalha.

“Há muita incerteza”, diz Jennifer Frisk, diretora-gerente sênior da corretora de imóveis comerciais Newmark, em Los Angeles.

Kenney argumenta que a adversidade causada pela pandemia abre espaço para experimentação. Quando houve a primeira paralisação em março, ele abriu uma escola de online que agora tem mais de 1.000 alunos. Em resposta ao último pedido de fechamento da Califórnia em novembro, ele está inaugurando uma “cozinha fantasma”, ou em nuvem - apenas para coleta e entrega -, com três cardápios diferentes por uma fração do custo de abrir um restaurante com mesas.

Com a colaboração de Ed Ludlow.

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