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CEO da NEOM, cidade futurista da Arábia Saudita, renuncia após seis anos

No último domingo, o reino apresentou na região uma ilha de turismo de luxo

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 13 de novembro de 2024 às 09h05.

Nadhmi al-Nasr, CEO do ambicioso projeto NEOM da Arábia Saudita, renunciou após seis anos no cargo. As informações são do The Wall Street Journal.

Aiman ​​Al-Mudaifer, um executivo do Fundo de Investimento Público do reino saudita, foi nomeado CEO interino.

"À medida que a NEOM entra em uma nova fase de entrega, essa nova liderança garantirá continuidade operacional, agilidade e eficiência para corresponder à visão geral e aos objetivos do projeto", de acordo com comunicado divulgado à imprensa.

Um e-mail interno visto pelo WSJ chamou a mudança de "uma decisão estratégica do conselho e uma evolução natural."

Al-Mudaifer também está nos conselhos de várias empresas sauditas influentes.

Projeto ambicioso

A cidade futurista NEOM inclui o ambicioso The Line - dois enormes arranha-céus paralelos de 500 metros de altura que formarão o centro da cidade sobre o Mar Vermelho, um projeto emblemático de várias centenas de bilhões de dólares ue busca diversificar a economia do reino do petróleo.

A estrutura foi planejada para acomodar cerca de 1,5 milhão de pessoas até 2030, mas acredita-se que esse número tenha sido reduzido consideravelmente. A cidade futurista também está planejada para usar táxis voadores e ser abastecida por energia renovável.

Sindalah, a primeira ilha de mega luxo na cidade futurista

A Arábia Saudita apresentou no último domingo Sindalah, uma ilha de turismo de mega luxo que cobre 840.000 metros quadrados no Mar Vermelho e representa o "primeiro escaparate físico da cidade futurista que o reino está construindo no noroeste do país.

A ilha, antes deserta, foi transformada em dois anos, com a participação de 30.000 pessoas, quatro parceiros locais e 60 empresas subcontratadas, como parte do esforço saudita para reduzir sua dependência do petróleo.

A ilha está a 17 horas por mar dos principais destinos do Mediterrâneo, servindo como "porta de entrada" de NEOM ao Mar Vermelho, com fácil acesso para proprietários de iates europeus, sauditas e do Conselho de Cooperação do Golfo.

Combinando "beleza natural" com um design inovador, a ilha oferecerá restaurantes, hotéis e experiências de classe mundial. Até 2028, Sindalah espera receber 2.400 hóspedes por dia e gerar cerca de 3.500 empregos.

Problemas

O projeto futurista enfrentou vários problemas desde sua criação, incluindo problemas financeiros e atrasos na construção, segundo o Business Insider.

Denúncias em relação a supostos abusos de direitos humanos pela Arábia Saudita também apareceram.

Em maio, Malcolm Aw, CEO da empresa de energia verde Solar Water, disse ao BI que havia desistido de um contrato de US$ 100 milhões com o projeto após saber que vilas haviam sido demolidas para dar lugar à megacidade.

Em maio de 2023, especialistas da ONU expressaram preocupação com o risco de execução de três membros da tribo Huwaitat por supostamente se oporem ao projeto.

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