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Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 22h20.
O Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer, na cidade de Avilés, é a única obra do arquiteto brasileiro na Espanha, e se define como um espaço aberto a todas as artes com uma programação multidisciplinar que inclui música, dança, teatro, cinema e exposições.
O próprio criador, Oscar Niemeyer, que morreu nesta quarta-feira aos 104 anos, descreveu o centro que leva seu nome como 'Uma praça aberta a todo mundo, um lugar para a educação, a cultura e a paz'.
O complexo exigiu um investimentode mais de 40 milhões de euros, pagos pelo Estado espanhol e o Principado das Astúrias.
A pedra fundamental foi colocada em abril de 2008 e, desde então, a obra começou sua evolução. Em 15 de dezembro de 2010, coincidindo com o 103º aniversário de Niemeyer, foi inaugurada a primeira fase da 'cúpula' destinada a ser a área de exposições, e parte do edifício polivalente.
Em 25 de março de 2011 aconteceu sua abertura definitiva com todos os equipamentos completos. Niemeyer não assistiu ao ato por sua saúde frágil e devido ao medo de viajar de avião.
O Auditório, a Cúpula, a Torre-Mirante, o Edifício Polivalente e a Praça Aberta são os cinco espaços que compõem o Centro.
O auditório é o edifício mais alto e o mais complexo de formas. Conta com 961 poltronas, mas não tem palcos. O grande palco é integrado ao edifício, mas ao mesmo tempo aberto à Praça, para atuações ao ar livre e com uma capacidade para 10 mil pessoas
A Cúpula é uma semiesfera de concreto que forma um espaço transparente de 2.000 m² para exposições. Em seu interior há uma escada helicoidal e uma lâmpada desenhada por Niemeyer. A torre-mirante tem 20 metros de altura e foi concebida como espaço gastronômico. Seu desenho inovador se transformou em uma das referências internacionais nos projetos de centros de conteúdos culturais.
Esta é a única obra de Niemeyer na Espanha e - segundo suas próprias palavras - a melhor e mais querida que fez fora do Brasil, razão pela qual recebe o nome do arquiteto.
O centro está fechado atualmente por divergências de organização e de gestão entre o governo da região autônoma das Astúrias, a prefeitura de Avilês e a fundação que o dirige. EFE