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CBF quer Tite até Copa de 2022, mas sem tanta liberdade

Nesta sexta-feira, Tite preferiu não falar sobre o futuro e fugiu das perguntas sobre renovação. Mas revelou nas entrelinhas o desejo de ficar

Tite, técnico da Seleção Brasileira (Sergio Moraes/Reuters)

Tite, técnico da Seleção Brasileira (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de julho de 2018 às 10h28.

Moscou - A eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia não alterou a disposição da CBF de renovar o contrato do técnico Tite.

A intenção é oferecer ao treinador um novo contrato - o atual termina agora - pelo período de quatro anos, encerrando-se no Mundial do Catar, em 2022. O treinador gosta da ideia, mas nesta sexta-feira disse ser cedo para resolver a situação.

O trabalho de Tite, iniciado no segundo semestre de 2016, ainda com a CBF sob o comando de Marco Polo Del Nero, hoje banido do futebol pela Fifa, é bem avaliado pela nova diretoria da entidade. Os dirigentes consideram que ele e seus pares implementaram conceitos modernos de preparação e planejamento e que o trabalho de campo é de alto nível.

Rogério Caboclo, atual CEO da entidade e futuro presidente da CBF - assume em abril do próximo ano -, é que está à frente das conversas com o empresário de Tite, Gilmar Veloz. Um contato preliminar foi feito e outros ocorrerão nos próximos dias, já no Brasil.

O dirigente, aliás, faz questão de ser ele o negociador da CBF. Afinal, se o treinador renovar pelo período pretendido, Rogério Caboclo será o presidente. Tanto ele como outros dirigentes da CBF, no entanto, entendem que ajustes precisarão ser feitos no planejamento da seleção - considerando-se o que foi feito até agora, quando Tite e o coordenador de seleções Edu Gaspar tiveram atendidos sem questionamento os seus pedidos. Algumas reivindicações, ideias e planos, a partir de agora, só serão efetivados após ampla discussão com os cartolas.

Nesta sexta-feira, Tite preferiu não falar sobre o futuro e fugiu das perguntas sobre renovação. Mas revelou nas entrelinhas o desejo de ficar. "Toda vez que um técnico consegue desenvolver o trabalho com um tempo maior, consegue desenvolver melhor. Não só em seleção, no clube também. Quanto mais tempo com o atleta, mexe mais com o técnico, o emocional".

O treinador lembrou que assumiu a seleção brasileira nas Eliminatórias, quando a equipe amargava um sexto lugar - e ele diz ter feito isso de "coração aberto". No ano passado, Tite havia revelado que gostaria de fazer um trabalho de longo prazo na seleção brasileira.

Se for mantido até 2022, será a primeira vez que um treinador continuará à frente da seleção desde Zagallo entre 1970 e 1974. Telê Santana foi o treinador em 1982 e 1986, mas não de maneira seguida.

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