Zurique - Em má fase no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras teve uma boa notícia. Marco Polo Del Nero, presidente eleito da CBF, anunciou, em Zurique, seu apoio para que o Allianz Parque seja a sede paulista dos jogos de futebol na Olimpíada do Rio, em 2016. Seria uma forma de justificar os investimentos para a construção da nova arena palmeirense, que deve ter sua inauguração em outubro ou novembro.
Em São Paulo, a disputa é política e governador e autoridades pedem ao COI e à Fifa que adiem qualquer definição para depois das eleições para presidente do País e governador do Estado. Além do Allianz Parque, outros dois estádios da capital paulista disputam a realização de partidas nos Jogos.
Em 2009, o Comitê Rio-2016 (Co-Rio) fechou um acordo com o Morumbi para que fosse a sede do futebol em São Paulo. O Co-Rio já indicou que, de alguma forma, pretende respeitar o acordo com o São Paulo, que ficou fora da Copa do Mundo.
Mas os organizadores agora recebem a pressão da Fifa para que utilizem as instalações da Copa do Mundo, justamente para mostrar que os investimentos se justificam. Isso, na prática, significa usar o Itaquerão, estádio do Corinthians. Na última quarta-feira, em Zurique, representantes da Fifa voltaram a defender que os estádios da Copa sejam os escolhidos.
Em Zurique, representantes do Co-Rio e da CBF começaram a desenhar um calendário de partidas para o torneio de futebol dos Jogos de 2016, tanto para a modalidade masculina como feminina.
SEDES - Segundo Del Nero, no Rio, a preocupação é justamente a falta de estádios. A final será disputada no Maracanã. Além do Rio, a previsão é de que os jogos ocorram ainda em Brasília, Salvador, São Paulo e Belo Horizonte.
O Estádio do Engenhão, que está em reforma, só será utilizado para a disputa das provas de atletismo. As obras para a cobertura deverão ser finalizadas até o fim do ano. Outras adequações para receber o atletismo serão iniciadas em 2015. O Campeonato Ibero-Americano, previsto para maio de 2016, será o primeiro evento-teste para os Jogos Olímpicos, que serão disputados em agosto.
-
1. Onde eles gostam de jogar
zoom_out_map
1/12 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)
São Paulo - Os
estádios da Copa
podem ter custado 8 bilhões de reais - três vezes mais que o previsto - mas os jogadores da série A do Campeonato Brasileiro de 2013 parecem ter gostado dos novos locais de trabalho: das 19 arenas utilizadas na competição no ano passado, as três melhores são aquelas (re)construídas para o
Mundial, na avaliação de quem está nos gramados. O
Maracanã é o preferido: 97% dos jogadores dão notas que vão de 8 a 10 para ele. A nota média ficou em 9,4. No outro lado da lista, aparecem estádios pequenos que não passaram por reformas de vulto, como Canindé (SP) e Vila Capanema (PR). A pesquisa foi feita pelo
Datafolha e encomendado pela Odebrecht Properties. Foram entrevistados 286 jogadores e 6 técnicos dos 20 clubes que disputaram o Brasileirão, sendo 14 atletas em média por time. As respostas foram dadas nos centros de treinamento entre os últimos meses de dezembro e janeiro. As notas consideram apenas os jogadores que conhecem cada estádio. Ou seja, quem não jogou no novo Mineirão, por exemplo, não opinou. Este dado pode ser conferido no
ranking. Os estádios da Copa que ainda faltam ser inaugurados, claro, não estão na lista. Confira a seguir as arenas que oferecem as melhores condições de trabalho para os jogadores.
-
2. 1º Maracanã (RJ) – 9,4
zoom_out_map
2/12 (REUTERS/Ricardo Moraes)
Rio de Janeiro Dos atletas da série A,
14% nunca jogaram no novo Maracanã Quantos dão nota de 8 a 10:
97% Nota média: 9,4
-
3. 3º Arena Fonte Nova (BA) – 9,2
zoom_out_map
3/12 (Ricardo Correa/EXAME.com)
Salvador Dos atletas da série A,
26% nunca jogaram na nova Fonte Nova Quantos dão nota de 8 a 10:
95% Nota média: 9,2
-
4. 4º Morumbi (SP) – 9
zoom_out_map
4/12 (MIGUEL SCHINCARIOL/Placar)
São Paulo Dos atletas da série A,
16% nunca jogaram no estádio do São Paulo Quantos dão nota de 8 a 10:
89% Nota média: 9
-
5. 5º Arena Pernambuco (PE) – 8,8
zoom_out_map
5/12 (REUTERS/Helder Tavares)
Recife Dos atletas da série A,
14% nunca jogaram na nova Arena Pernambuco Quantos dão nota de 8 a 10:
88% Nota média: 8,8
-
6. 6º Mané Garrincha (DF) – 8,8
zoom_out_map
6/12 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Brasília Dos atletas da série A,
47% nunca jogaram no novo Mané Garrincha Quantos dão nota de 8 a 10:
84% Nota média: 8,8
-
7. 8º Pacaembu (SP) – 8,6
zoom_out_map
7/12 (Wikimedia Commons)
São Paulo Dos atletas da série A,
14% nunca jogaram no Pacaembu Quantos dão nota de 8 a 10:
83% Nota média: 8,6
-
8. 10º Vila Belmiro (SP) – 8,1
zoom_out_map
8/12 (Wikimedia Commons)
Santos Dos atletas da série A,
17% nunca jogaram no estádio do Santos Quantos dão nota de 8 a 10:
69% Nota média: 8,1
-
9. 12º Couto Pereira (PR) – 7,5
zoom_out_map
9/12 (Leonardo Stabile / Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Curitiba Dos atletas da série A,
18% nunca jogaram no estádio do Coritiba Quantos dão nota de 8 a 10:
50% Nota média: 7,5
-
10. 14º Heriberto Hulse (SC) – 7
zoom_out_map
10/12 (Fejuncor / Wikimedia Commons)
Criciúma Dos atletas da série A,
30% nunca jogaram no estádio do Criciúma Quantos dão nota de 8 a 10:
36% Nota média: 7
-
11. 19º Vila Capanema (PR) – 5,8
zoom_out_map
11/12 (Fabiowerlang / Wikimedia Commons)
Curitiba Dos atletas da série A,
33% nunca jogaram no estádio do Paraná Clube Quantos dão nota de 8 a 10:
19% Nota média: 5,8
-
12. Agora, confira as dificuldades vividas por cada arena do Mundial
zoom_out_map
12/12 (Buda Mendes/Getty Images)