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Carro do futuro da Tesla conquista diretor de Homem de Ferro

Jon Favreau não imaginava, mas o Tesla Model S o fez abandonar a sua Mercedes

Um Tesla Model S é carregado na loja da montadora em Short Hills, Nova Jersey (Emile Wamsteker/Bloomberg)

Um Tesla Model S é carregado na loja da montadora em Short Hills, Nova Jersey (Emile Wamsteker/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 23h43.

Los Angeles - Depois que Elon Musk deixou o cineasta Jon Favreau usar sua fábrica de foguetes para filmar algumas cenas de “Homem de Ferro 2”, Favreau calculou que devia um favor ao seu amigo. Por isso, ele comprou um dos carros de Musk.

O que Favreau não esperava é que ia gostar tanto de seu Tesla Model S que acabaria abandonando sua Mercedes.

“É incrível”, disse Favreau. “Eu vendi meu outro carro”.

Com o sedã totalmente elétrico da Tesla Motors, vendido a partir de US$ 71.000, balizado por depoimentos de motoristas e críticas muito positivas, as empresas tradicionais de carros estão respondendo com suas próprias versões de carros de luxo movidos a bateria.

Elas estão mirando o Model S, o carro dessa empresa relativamente nova de Musk que está redefinindo o que compõe -- pegando emprestado o jargão do setor de marketing da Bayerische Motoren Werke AG -- uma “máquina de dirigir definitiva”.

A própria BMW está entre as fabricantes que estão levando os motores elétricos aos carros de alto padrão. Seu cupê i8 de US$ 135.700, que tem um trem de força híbrido e aceleração mais rápida que um Porsche 911, foi à venda na Europa em 5 de junho.

Entre outros lançamentos recentes estão o sedã Porsche Panamera plug-in, de US$ 99.000, e o Cadillac ELR cupê, da General Motors Co., vendido a US$ 75.000.

A Tesla claramente influenciou essa onda de veículos, disse Ed Kim, analista da AutoPacific Inc., uma consultoria do setor, de Tustin, Califórnia. “O Model S foi o grande carro deste último ano e meio”, disse ele

‘Sem brincadeira’

O sucesso do sedã ajudou a levantar em mais de 50 por cento as ações da fabricante neste ano depois que elas quadruplicaram em 2013.

Na semana passada, analistas do Morgan Stanley disseram que a Tesla é “sem dúvida a empresa de automóveis mais importante do mundo”. E acrescentaram: “não estamos brincando”.

Enquanto o Model S pode viajar 425 quilômetros apenas com a bateria, os modelos das concorrentes utilizam motores a gasolina com sistemas elétricos de menor alcance.

A BMW, com sua carroceria de fibra de carbono, mais leve, pode viajar cerca de 37 quilômetros com a bateria antes de o motor a gás turbo de três cilindros ser acionado.

“Estamos começando a ver alguns carros plug-ins de alto padrão atraentes, particularmente o i8, embora eles ainda tenham um alcance modesto de bateria”, disse John Krafcik, presidente da TrueCar, um site de compra de carros, e ex-executivo da Hyundai Motor. “É meio surpreendente que ninguém tenha entrado nesse espaço com um produto elétrico concorrente de longo alcance”.

Brian Corbett, porta-voz da marca Cadillac, da GM, disse que o Model S não serviu de inspiração para o ELR e que ambos são “únicos o suficiente para atrair diferentes tipos de clientes”.

A Porsche disse por e-mail que os carros plug-in que possuem motores elétricos e convencionais combinam, de forma atraente, uma direção de alto desempenho e baixas emissões.

Favreau disse que comprou seu Model S em 2012, depois que Musk abriu sua fábrica SpaceX para o elenco do filme de Favreau.

“Eu disse ‘humm, ele está fabricando um carro. Deixa eu dar uma força para esse pequeno carro. Deixa eu fazer esse cara se sentir satisfeito’”, disse Favreau à Bloomberg Television, neste mês.

O fato de que ele e outros consumidores tenham achado o carro mais atraente do que o esperado está “mudando a indústria em um bom sentido”, disse Favreau.

“Mesmo se a Tesla desaparecer amanhã, trata-se simplesmente de ele ter provocado um impacto: mostraram que os carros elétricos com menor impacto no meio ambiente podem ser legais e podem competir no mesmo nível que um carro com motor a combustão interna”, disse ele.

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