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Carlos Drummond de Andrade é homenageado em Lisboa

A amplitude temática e a variedade formal envolvida de simplicidade do poeta nascido em Itabira (Minas Gerais) foram destacadas


	Drummond, criador de um único estilo marcado por uma cuidada escritura, é autor de uma vasta obra poética
 (Rogério Reis/Veja)

Drummond, criador de um único estilo marcado por uma cuidada escritura, é autor de uma vasta obra poética (Rogério Reis/Veja)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2012 às 19h15.

Lisboa - A Casa Fernando Pessoa homenageou nesta terça-feira em Lisboa o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade na véspera dos 110 anos de seu nascimento em um colóquio do qual participaram vários especialistas em sua celebrada obra.

O legado de Drummond (1902-1987), considerado o poeta brasileiro mais influente do século XX, foi analisado pela atriz brasileira Sura Berditchevsky, a escritora e jornalista portuguesa Leonor Xavier e José Carlos Vasconcelos, diretor da revista ''Letras'', referência literária em Portugal.

A amplitude temática e a variedade formal envolvida de simplicidade do poeta nascido em Itabira (Minas Gerais) foram destacadas por Vasconcelos.

O especialista o qualificou como ''o maior poeta da língua portuguesa'' e constatou sua influência na produção literária lusa, apesar de poucos críticos reconhecerem.

Drummond, criador de um único estilo marcado por uma cuidada escritura, é autor de uma vasta obra poética dividida em três períodos criativos caracterizados primeiro pela ironia, depois pelos temas sociais e por último por assuntos metafísicos.

Admiradora de seus trabalhos, a Sura comentou que interpretará nesta semana no Porto e na seguinte em Lisboa uma peça que evoca a intensa correspondência entre Drummond e sua filha Maria Julieta.

''Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade'', já encenada no Brasil, mostra a afinidade intelectual através da literatura, resumiu a atriz e co-autora do espetáculo.

Já a jornalista Leonor Xavier, antiga correspondente no Rio de Janeiro do português ''Diário de Notícias'', definiu o poeta como ''o observador das minúsculas coisas de todos os dias'' e como um ''mito que cruzava o imaginário do Rio''.

A Casa Fernando Pessoa, concebida como centro cultural destinado a homenagear o ilustre poeta português homônimo, recebe numerosos colóquios, exposições, encontros de escritores e espetáculos musicais e de teatro no bairro de Ourique, o mesmo onde Pessoa viveu seus últimos 15 anos de vida. 

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