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Capuccino ou mocha: por que o consumo de café está crescendo entre os jovens?

Aumento do consumo de café mostra busca por experiências sensoriais e sociais

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Publicado em 26 de janeiro de 2025 às 08h17.

Última atualização em 27 de janeiro de 2025 às 10h52.

O consumo de café entre os jovens tem ganhado destaque nos últimos anos. Dados da Euromonitor Internacional, encomendados pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), mostram que a faixa etária entre 16 e 25 anos é a que mais se interessa pela bebida. Tal opção reflete não apenas a busca pelos efeitos estimulantes da cafeína, mas, também, o desejo da experiência social que o café proporciona, especialmente, em grandes cidades.

Motivos que atraem a população jovem

Essa tendência crescente do consumo de café entre os jovens está diretamente ligada à popularização das cafeterias, que oferecem ambientes acolhedores e sofisticados, ideais para encontros com parentes e amigos, reuniões de trabalho e até mesmo para um dia de estudo.

Além disso, a variedade de métodos de preparo, como filtrados, espressos e bebidas à base de café com leite, como cappuccino, latte e mocha, também agradam esse público, que valoriza experiências diferenciadas.

Mas, as razões não terminam aí. Muitos jovens demonstram preocupação com a sustentabilidade do produto que consomem e priorizam grãos de origem certificada. Há um comportamento mais consciente e conectado com a sustentabilidade. Marcas que investem em práticas ecológicas têm ganhado destaque entre esse público.

De acordo com a pesquisa “Coffee Lovers 2024”, feita pela consultoria São Paulo Coffee Hub e o Diário de um Coffee Lover, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), 60,4% já conhecem algum selo ou certificação referente ao café.

Benefícios do café para a saúde atraem nova geração

O consumo moderado de café traz diversos benefícios à saúde. A cafeína estimula o sistema nervoso central e proporciona a melhora da memória, do estado de alerta e da capacidade de concentração. Segundo um estudo publicado na revista “Nutrients”, em 2022, o consumo regular do café está associado a uma redução de até 20% no risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson.

Além disso, o café é rico em antioxidantes, que combatem os radicais livres e ajudam a prevenir o envelhecimento precoce e a reduzir o risco de doenças crônicas. Tais características contribuem para o consumo de café entre os jovens.

Um estudo recente publicado no periódico Nature Microbiology revelou que uma xícara moderada de café todos os dias é benéfico para mudar a composição da flora intestinal. Pessoas que bebem café regularmente têm cerca de oito vezes mais a bactéria Lawsonibacter asaccharolyticus em seus intestinos do que aqueles que não bebem. Tal microrganismo pode melhorar o metabolismo, ajudar a reduzir a inflamação, resistir à oxidação e impactar positivamente na saúde.

Hábitos e preferências

Os hábitos de consumo de café entre os jovens brasileiros estão se tornando cada vez mais personalizados, respeitando as individualidades. Pela manhã, o café é visto como bebida essencial para iniciar o dia com energia. Já durante a tarde, ele é consumido como uma forma de manter a produtividade nos estudos ou no trabalho ou de fazer uma pausa para relaxar a mente.

Um levantamento realizado pela Kantar, em 2023, mostrou que 48% dos jovens preferem consumir cafés acompanhados de snacks saudáveis, como frutas ou barrinhas de cereais, reforçando a busca por um estilo de vida equilibrado.

Não podemos negar, o consumo de café entre os jovens está em alta e vai além de uma moda passageira, é um hábito em expansão. Essa geração busca qualidade, sustentabilidade, experiências sensoriais e conexões sociais por meio da bebida, que também oferece benefícios à saúde.

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