Montblanc do Lula: petista mostrou a caneta que usou para assinar termo de posse (Mauro Pimentel/AFP)
Para deixar o símbolo da caneta Bic de Jair Bolsonaro no passado, Lula escolheu uma Montblanc. A caneta da marca alemã foi usada pelo novo presidente para assinar a posse no dia 1º de janeiro e outras formalidades do primeiro dia do governo que assumiu.
O modelo em específico é o Writers, de uma série especial em homenagem a F. Scott Fitzgerald, autor de "Suave é a Noite", "O Grande Gatsby", entre outros livros célebres.
Lançada em 2002, a caneta pode ser encontrada com preços a partir de R$ 6 mil, em opções de tinteiro e esferográfica. Os detalhes são em ouro branco e prata.
Segundo um porta-voz da Montblanc no Brasil, a coleção Writers começou em 1992, com uma edição dedicada ao escritor norte-americano Ernest Hemingway.
No momento da posse, Lula pediu licença para contar uma história sobre o objeto usado para o ato. A caneta teria sido um presente de um cidadão piauiense, em 1989, que havia pedido para que ele a usasse em sua possível posse naquele ano.
Em 2002, Lula disse que usou a caneta do então senador Ramez Tebet, pai da nova ministra do Planejamento e adversária de Lula nas eleições, Simone Tebet. Já em 2006, teria usado uma caneta do Senado ofertada por Wellington Dias.
No terceiro mandato, o presidente quis homenagear o estado de origem do cidadão que lhe presenteou há mais de trinta anos. Contudo, como o modelo Montblanc usado por Lula é de 2002, o que parece é que o petista amarrou a história com as menções a Wellington Dias, o pai de Simone Tebet e o presente do apoiador, mesmo sem ter em mãos a caneta que recebeu em 1989.