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Café fake: saiba como identificar e evitar adulterações na sua bebida

Composto por impurezas, o café fake é comercializado abaixo da média de preço e pode ser prejudicial à saúde

 (Marcus Desimoni/NITRO/Divulgação)

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Publicado em 3 de junho de 2025 às 07h08.

Última atualização em 3 de junho de 2025 às 16h50.

Não é novidade, a população brasileira tem sentido um aumento no preço do café. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o grão moído registrou uma alta de 50,3% nos últimos 12 meses até janeiro de 2025. Fatores climáticos como períodos de geadas, secas intensas e chuvas em excesso nas regiões produtoras afetaram a safra do Brasil e de outros países produtores como o Vietnã.

Diante desse cenário, produtos popularmente chamados de café fake surgiram no mercado como alternativas mais baratas, porém de qualidade duvidosa. A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) alerta que tais itens não seguem os padrões estabelecidos, podem representar uma fraude e não são alimentos seguros.

O que é o café fake? 

O café fake contém misturas de cascas, folhas, palhas e outros resíduos da lavoura, em vez do grão puro do café. Muitas vezes, ele é comercializado em embalagens visualmente semelhantes às de marcas tradicionais, o que pode  confundir o cliente.

Segundo Pavel Cardoso, Presidente da ABIC, o café fake “é tudo aquilo que não é café”. O que entendemos e chamamos de café, que dá base à segunda bebida mais consumida no mundo, é derivado do fruto “café”. A partir dele, a indústria faz a torra, a moagem e o empacotamento.

O executivo alerta o consumidor para que ele leia o rótulo e se certifique de que o único ingrediente é café. A legislação federal já trata do tema. Não existe, por exemplo, café de cevada ou café de milho. Ou pó para preparo de bebida à base de café. Como tais produtos não possuem certificação, podem representar um risco à saúde das pessoas que os consomem.

Saiba como se proteger

Para evitar cair em fraudes, os clientes devem adotar algumas medidas ao adquirir café. Confira a seguir:

  • Verifique a certificação: observe se a embalagem do produto possui o Selo da ABIC. Ele garante que o café passou por rigorosos controles de qualidade e pureza;
  • Uitilize o aplicativo ABICafé ou faça a leitura do QR Code: ao escanear o código de barras da embalagem, verifique se o café é certificado e em qual estilo/categoria se enquadra (tradicional, superior, extraforte, gourmet ou especial), verifique as características do alimento;
  • Tenha atenção ao preço: produtos com valores muito abaixo da média praticada no mercado podem ser indicativos de fraude. Embora o preço do café tenha aumentado, é importante desconfiar de ofertas com preços excessivamente baixos e marcas desconhecidas;
  • Leia atentamente o rótulo: termos como "bebida à base de café" ou "pó sabor café" podem indicar que o produto não é composto exclusivamente por grãos de café. Esses itens não possuem categoria específica e podem conter impurezas, portanto, são considerados cafés fakes.

Recentemente, a Anvisa proibiu a venda de três marcas de café que, além de serem consideradas cafés falsos, foram classificadas como impróprias após a presença da toxina ocratoxina A, considerada potencialmente cancerígena. A decisão veio após inspeções laboratoriais realizadas em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

As marcas banidas são Melissa, Pingo Preto e Oficial.

A ABIC reforça que a prática de comercializar café fake prejudica não somente os consumidores, mas toda a cadeia produtiva do setor. Sendo assim, é fundamental a atenção das pessoas para garantirem a qualidade do produto que levam para as suas mesas.

Leia também: Café gelado é tendência para o verão: confira 5 receitas

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