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Bvlgari abre loja em São Paulo e se prepara para briga com a Tiffany

CEO conta como se prepara para enfrentar a marca rival americana dentro da própria casa

“A pandemia não alterou a relação que temos com as joias, algo que faz parte da experiência humana. Veja, elas foram e sempre serão o ideal máximo do que entendemos por luxo há mais de 2 000 anos", afirma Babin (Bvlgari/Divulgação)

“A pandemia não alterou a relação que temos com as joias, algo que faz parte da experiência humana. Veja, elas foram e sempre serão o ideal máximo do que entendemos por luxo há mais de 2 000 anos", afirma Babin (Bvlgari/Divulgação)

KS

Karina Souza

Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 16h23.

Última atualização em 14 de janeiro de 2021 às 16h26.

Quanto vale um diamante? No atual cenário de pandemia, mais do que nunca. O conglomerado de luxo LVMH, que detém mais de 70 marcas em setores tão diversos quanto moda, hotelaria e bebidas, sofreu uma queda global de 30% nas vendas nos três primeiros trimestres de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior. O grupo não divulga os resultados por segmentos. Mas sabe-se que o tombo teria sido maior se não fosse os bons resultados do setor de relógios e joalheria, representados no LVMH pelas marcas Bvulgari, Chaumet e TAG Heuer.

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Quem afirma é o próprio CEO global da Bvlgari, Jean Christophe-Babin, em entrevista exclusiva à EXAME. “A pandemia não alterou a relação que temos com as joias, algo que faz parte da experiência humana. Veja, elas foram e sempre serão o ideal máximo do que entendemos por luxo há mais de 2 000 anos. Estão associadas a preços altos, mas também às mudanças na vida, como os noivados, casamentos e aniversários. Esse é o único segmento de luxo em que você tem a certeza de que terá as peças para sempre”, afirma.

O mercado de alta joalheria ficará ainda mais interessante em 2021 – especialmente dentro do conglomerado. A compra da icônica marca americana Tiffany pelo LVMH foi finalmente concluída. A competição dentro do mesmo conglomerado entre Tiffany e Bvulgari é comparada por Babin como uma disputa entre dois corredores de Fórmula 1 dentro de uma mesma escuderia. Ambos querem vencer – mas juntos serão mais fortes na negociação de ouro e pedras preciosas no mercado.

A estratégia de crescimento da Bvulgari vai focar no e-commerce e em mercados emergentes, como o Brasil, onde a marca acaba de abrir uma pop-up store no shopping Iguatemi, em São Paulo. O movimento nas lojas de aeroportos deve demorar para engrenar novamente. Na China, o apetite dos consumidores não diminuiu com a pandemia. E na Europa, nos últimos anos, o mercado de luxo tem se voltado cada vez mais para experiências e menos para o consumo. “Um ponto importante é que, depois de tantos meses, as pessoas estão se vingando nas compras, porque nunca houve tanto dinheiro acumulado”, afirma um otimista Babin.

Veja a entrevista completa com o CEO da Bvlgari aqui

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