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Papel que conserva crosta e suculência da carne: conheça o Butcher paper, que chega ao Brasil

Primeiro rolo do papel do tipo do país – homologado e certificado – mede 1,5 quilômetro e é feito de celulose de eucalipto

A embalagem preserva as melhores características do churrasco feito em pit na técnica low & slow (Divulgação/Divulgação)

A embalagem preserva as melhores características do churrasco feito em pit na técnica low & slow (Divulgação/Divulgação)

Paty Moraes Nobre

Paty Moraes Nobre

Publicado em 2 de março de 2021 às 06h00.

Última atualização em 2 de março de 2021 às 09h44.

O primeiro rolo de butcher paper (papel do açougueiro, em inglês) homologado e certificado do Brasil já está à venda. A bobina com o produto biodegradável, feito em fibra virgem de celulose, mede 1,5 quilômetro e é comercializada pela Toro Negro Steakhouse.

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O butcher paper é usado há muitos anos nos Estados Unidos, principalmente, para embrulhar a carne durante o processo de defumação do churrasco americano. Lá, o papel é avermelhado por causa da pigmentação da celulose regional.

A novidade passou a ser item de desejo, sendo precificada em torno de R$ 1,40 o metro com 80 cm de largura (Divulgação/Divulgação)

Com gramatura e porosidade adequadas, a embalagem preserva as melhores características do churrasco feito em pit na técnica low & slow (por longos períodos e em baixa temperatura). Com o butcher paper, tanto a suculência quanto o bark (casquinha crocante escura resultante do processo de defumação) estão garantidos.

O papel também conserva a temperatura da carne após pronta, ideal para guardar ou transportar o preparo. Além disso, é mais barato e ecologicamente correto que o maior concorrente por aqui: o papel alumínio.

O produto nacional, no entanto, tem pigmento pardo porque é feito de eucalipto. Mas, segundo Eduardo Pedroso, sócio-proprietário da Toro Negro, a diferença fica apenas na cor, já que a versão brasileira promete reproduzir as especificações técnicas com todas as garantias na utilização.

O butcher paper é usado há muitos anos nos Estados Unidos (Divulgação/Divulgação)

Disputa pelo pioneirismo
Entre os entusiastas do segmento no Brasil, em menos de um mês, a novidade passou a ser item de desejo, sendo precificada em torno de R$1,40 o metro com 80cm de largura. Inclusive, outro nome do mercado, o assador Bruno Panhoca, reivindica o pioneirismo em território nacional. Panhoca e a Toro lançaram produtos similares na mesma semana.

Apesar da polêmica nos que circula nos bastidores, especialistas e assadores profissionais, como Roberto Barcellos, Junior Bonassa, Julia Carvalho, Jeferson Finger, do Barbacoa, e a youtuber Larissa Morales, do canal Larica na Brasa, já comprovaram a eficiência de ambos produtos. E quem ganha com a chegada do produto é o bom churrrasco.

Mas, atenção: é importante ressaltar que o butcher paper não deve ser confundido com qualquer papel pardo encontrado em papelarias, como o craft, por exemplo, que pode possuir resinas e acrescentar componentes tóxicos ao alimento.

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