Harry O’Brien é um dos principais jogadores do Collingwood, time de Melbourne, onde atua desde 2005 (Mark Dadswell/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2012 às 12h53.
São Paulo - O que tem a ver um futebol jogado com as mãos, um brasileiro que defende a variedade étnica e o Dalai Lama? Difícil fazer a conexão. Menos na Austrália. É lá que se joga o futebol australiano, um esporte popular no país, com regras próprias que parecem uma mistura entre o rúgbi e o próprio futebol.
Acontece que tem brasileiro se dando bem nesse esporte. O nome dele é Harry O’Brien e ele é um dos principais jogadores do Collingwood, time de Melbourne, onde atua desde 2005. Harry, cujo nome original é Haritier, nasceu no Rio de Janeiro e, com três anos, mudou-se com a mãe para a Austrália.
Por ser negro, o que não é muito comum no país, por ter se tornado um ídolo do futebol australiano e também por desenvolver trabalhos comunitários de caráter social, Harry foi convidado pela primeira ministra Julia Gillard a ser um dos embaixadores do programa multicultural do governo australiano. Dessa forma, Harry teve que recepcionar a visita do Dalai Lama aos australianos.
As regras do futebol australiano
Num grande campo oval, com mais de 135 metros de comprimento e até 155m de largura, se alinham times com 18 jogadores cada. Eles têm que conduzir a bola com as mãos e quicá-la no chão a cada 15 metros. Podem passar a bola com um chute ou um soco. E o objetivo é acertar entre as traves: nas zonas laterais, vale um ponto e, na central, seis pontos.