Casual

Brasil respeitará adversários, ao contrário de 50, diz Pelé

Tricampeão disse que Brasil entrará no torneio do ano que vem com mais humildade do que quando organizou pela última vez

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 18h16.

Costa do Sauípe - Pelé, o único jogador a vencer três Copas do Mundo, disse que o Brasil entrará no torneio do ano que vem com mais humildade do que quando organizou pela última vez o mais famoso evento do futebol, em 1950.

Na ocasião, o país ficou chocado com a derrota por 2 a 1 para o Uruguai na final, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, naquela que foi considerada por alguns brasileiros uma tragédia nacional. Pelé disse lembrar da atmosfera de festa antes de o jogo começar.

“Era como se o Brasil já tivesse ganho o jogo”, disse Pelé, de 73 anos de idade, em uma entrevista por telefone. “Nós seremos cuidadosos desta vez e respeitaremos as pessoas. Essa é uma maneira melhor de jogar que a de 50”.

Quando for dado o pontapé inicial da competição, em 12 de junho, em São Paulo, o Brasil tentará bater o recorde e conquistar sua sexta Copa do Mundo. Pelé estará em Costa do Sauípe, em 6 de dezembro, no sorteio que determinará os adversários de cada seleção na fase de abertura da competição de 64 partidas.

Para Pelé, a história mostra que o torneio é imprevisível. A equipe de 1982 do Brasil, que tinha jogadores como Zico e Falcão, era considerada favorita antes de ser eliminada pela Itália, que depois se sagraria campeã, disse Pelé.

“Você precisa respeitar a Copa do Mundo”, disse Pelé. “Ela é uma caixa de surpresas”.

Em 1950, o então presidente da Fifa, Jules Rimet, havia preparado um discurso de despedida em português supondo que o Brasil ganharia a final. Depois que o jogo terminou, ele entregou o troféu ao capitão uruguaio sem alarde, enquanto 173.850 espectadores, surpresos, permaneciam em silêncio.


O Brasil derrotou a campeã mundial Espanha por 3 a 0 na final da Copa das Confederações, em junho, e nenhuma seleção europeia ganhou a Copa do Mundo nas três edições realizadas na América do Sul. Mesmo assim, Pelé disse que a Espanha e a Alemanha são favoritas.

‘O rei’

Pelé, conhecido como “rei” no Brasil, disse acreditar que o argentino Lionel Messi, quatro vezes ganhador do prêmio de melhor jogador do mundo no ano, é melhor que Cristiano Ronaldo, de Portugal, mas nenhum deles é tão bom quanto o ex-meio-campista Zinedine Zidane, da França.

“Para mim, se você quiser comparar com alguém, compare com Zidane”, disse Pelé, que estava participando de uma sessão de ginástica com o nadador olímpico Michael Phelps promovida pela rede de restaurantes Subway.

“Ele era um jogador completo. Zidane era bom com os dois pés e também era capaz de cabecear muito bem. Ele era um jogador mais completo”.

Zidane marcou dois gols na vitória de 3 a 0 da França sobre o Brasil na final da Copa do Mundo de 1998. Ele foi expulso por dar uma cabeçada em Marco Materazzi, da Itália, na final de 2006.

Pelé disse que o atacante Neymar, do Brasil, será um dos destaques da Copa do Mundo. Em maio, o jogador de 21 anos de idade deixou o Santos, antiga equipe de Pelé no Brasil, para assinar com o Barcelona, em uma negociação avaliada em US$ 75 milhões.

Jogar por um dos melhores times da Europa ajudará Neymar até a Copa do Mundo, disse Pelé.

“Nós sentimos muita falta dele, mas isso é muito bom para ele”, disse Pelé.

Acompanhe tudo sobre:AtletasCopa do MundoEsportesFutebolPelé

Mais de Casual

O dia em que joguei tênis na casa do Ronaldo Fenômeno

Torra fresca: novidades para quem gosta de café

Leilão de relógios de luxo tem Rolex com lance a partir de R$ 50

O carro mais desejado do Brasil até R$ 150 mil, segundo ranking EXAME Casual