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Brasil joga mal, sofre no Castelão e empata com México

Nem mesmo o apoio da torcida e o Hino Nacional cantado à capela novamente foram suficientes para levar o Brasil a uma nova vitória


	Neymar: maior esperança da equipe brasileira não resistiu às lágrimas no Hino Nacional
 (Buda Mendes/Getty Images/Getty Images)

Neymar: maior esperança da equipe brasileira não resistiu às lágrimas no Hino Nacional (Buda Mendes/Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2014 às 18h15.

São Paulo - Depois da vitória suada na abertura da Copa do Mundo, a seleção brasileira abusou dos erros nesta terça-feira, parou na boa marcação do México e nas defesas do goleiro Ochoa e não conseguiu passar do 0 a 0, na Arena Castelão, em Fortaleza.

Nem mesmo o apoio da torcida e o Hino Nacional cantado à capela novamente, no palco onde a tradição surgiu na Copa das Confederações de 2013, foram suficientes para levar o Brasil a uma nova vitória.

Melhores jogadores da seleção na estreia, Neymar e Oscar não repetiram o desempenho nesta terça, graças em parte aos erros da defesa e do meio de campo.

David Luiz mostrou nervosismo na saída de bola e Paulinho cometia falhas em sequência. No ataque, Fred só apareceu em campo quando o assistente marcava impedimento.

As mudanças promovidas por Luiz Felipe Scolari no segundo tempo também não surtiram efeitos. Bernard, Jô e Willian ganharam uma chance na equipe, mas o nervosismo que tomou conta do time nos minutos finais impediu a criação de jogadas mais elaboradas, que surpreendesse a marcação rival.

Com o resultado, o Brasil chegou aos quatro pontos no Grupo A e teve adiada a expectativa de antecipar a classificação às oitavas de final.

Agora, terá que vencer Camarões, no dia 23, próxima segunda-feira, no estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha). Os mexicanos vão enfrentar na última rodada o time da Croácia no mesmo dia, no Recife.

De quebra, o empate encerrou a sequência de oito vitórias seguidas de Felipão no comando da seleção em Copas do Mundo - era o treinador na conquista do penta, em 2002.

O JOGO - Como aconteceu na abertura, os torcedores se uniram aos jogadores para cantar o Hino Nacional à capela. Neymar, maior esperança da equipe, não resistiu às lágrimas.

Mas os fãs mexicanos, em grande presença na Arena Castelão, não fizeram por menos e também protagonizaram bela festa nas arquibancadas.

E foi nesse clima quente que a partida teve início. Lances ríspidos se seguiram logo nos primeiros instantes, a começar pelo México, que anotou as duas primeiras faltas do jogo antes de completar um minuto.

Disposto a assustar o time brasileiro, como fez a Croácia na estreia, o México buscava o ataque, enquanto que a seleção brasileira tentava acalmar o jogo, trocando passes no meio de campo.

Mais contido, o time de Felipão demorava para ameaçar a defesa mexicana. As primeiras tentativas foram sacrificadas pela má colocação de Fred, impedido em três ocasiões.

Na metade da etapa inicial, o Brasil ostentava posse de bola de até 70%, mas não levava perigo.

Do outro lado, o México colocava até 11 jogadores atrás da linha da bola e, quando o Brasil recuava, adiantava a marcação.

Tentando furar o bloqueio mexicano, Marcelo foi até a linha de fundo para cruzar na área. Paulinho, no susto, mandou para fora, aos 13 minutos.

Neymar, que tentava abrir caminho na intermediária com jogadas individuais, levou mais perigo em um lance de cabeça na área, após cruzamento de Daniel Alves. Ochoa pulou com desenvoltura para fazer linda defesa, aos 25.

A melhor chance, contudo, viria aos 43 minutos. Após levantamento na área, Thiago Silva escorou de peito para Paulinho, que finalizou mal, em cima do goleiro.

O México, sem abrir mão do ataque, levou perigo em finalizações de fora da área. Herrera, aos 23, e Vazquez, aos 40, ameaçaram o gol de Julio Cesar. Ele pegou a primeira e viu a segunda ir para fora.

Insatisfeito com o placar sem gols, Felipão resolveu mudar para o segundo tempo. Sacou Ramires e colocou Bernard em campo, deixando a equipe mais ofensiva.

Em sua primeira participação, Bernard disparou pela direita e cruzou na área. Rodríguez se antecipou a Daniel Alves, na área, e evitou o gol brasileiro.

Mas o lance não representou o início de segundo tempo da seleção. Desconcentrado, o time de Felipão passou a cometer muitos erros na saída de bola, principalmente com David Luiz, que abusava dos balões.

No meio, Paulinho não conseguia dar sequência às jogadas e a bola não chegava a Oscar e Bernard. O México tentava aproveitar o momento, em finalizações de longe. Foram três em 10 minutos.

Na defesa, o time mexicano conseguia aplicar a forte marcação em Neymar, o que o técnico Miguel Herrera antecipara como sua maior preocupação: evitar que a bola chegasse ao atacante.

Neymar, então, levava perigo na bola parada. Aos 17 minutos, bateu falta rente à trave direita de Ochoa.

Aos 22 minutos, Felipão resolveu fazer a sua segunda aposta - trocou Fred por Jô. E um minuto depois o Brasil crescia novamente em campo.

Bastou um cruzamento de Marcelo e uma finalização de Neymar dentro da área para incendiar a partida e a torcida. Na sobra, Daniel Alves cruzou com perigo e a zaga afastou.

O jogo voltou a esquentar e Jô quase abriu o placar aos 30 minutos, em jogada pela esquerda. Tentando capitalizar o momento, o treinador brasileiro fez a sua última substituição e colocou Willian no lugar de Oscar, dando maior volume de jogo ao ataque.

Aos 40, Neymar cobriu falta na área e Thiago Silva cabeceou com perigo. Ochoa fez nova ótima defesa e garantiu o empate sem gols.

Nos instantes finais, o México se atirou ao ataque, deixando o jogo mais aberto. E Julio Cesar contou com a má pontaria dos atacantes rivais para assegurar o placar inalterado.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 0 x 0 MÉXICO

BRASIL - Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar (Willian), Ramires (Bernard); Fred (Jô) e Neymar. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

MÉXICO - Guillermo Ochoa; Francisco Rodríguez, Rafael Marquez, Hector Moreno; Paul Aguilar, Hector Herrera (Fabian), Andres Guardado, Jose Juan Vazquez, Miguel Layun; Giovani dos Santos (Jiménez) e Oribe Peralta (Javier "Chicharito" Hernández). Técnico: Miguel Herrera.

CARTÕES AMARELOS - Ramires e Thiago Silva (Brasil); Aguilar e Vazquez (México).

ÁRBITRO - Cüneyt Çakir (Fifa/Turquia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 60.342 pagantes.

LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

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