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Brasil é o país do futebol, mas as medalhas são do vôlei

“O voleibol se profissionalizou de tal forma que a organização do esporte tem hoje uma renovação praticamente natural", explicou Wagner Gomes


	Vôlei: “o voleibol se profissionalizou de tal forma que a organização do esporte tem hoje uma renovação praticamente natural", explicou Wagner Gomes
 (Marcelo del Pozo / Reuters)

Vôlei: “o voleibol se profissionalizou de tal forma que a organização do esporte tem hoje uma renovação praticamente natural", explicou Wagner Gomes (Marcelo del Pozo / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 18h47.

Rio de Janeiro - Há exatos 24 anos a seleção masculina de vôlei derrotou a Holanda por 3x0 e entrou para a história por ter conquistado a primeira medalha de ouro em esportes coletivos do Brasil.

Isso deu início a uma expansão da prática da modalidade no país e à profissionalização do esporte. Até então, os brasileiros só tinham olhos para o futebol.

De lá para cá o Brasil conquistou 19 medalhas em esportes coletivos: quatro ouros, dez pratas e cinco bronzes. O vôlei é a modalidade que trouxe as medalhas mais valiosas.

Além do ouro de 1992, os homens trouxeram a medalha dourada em 2004. Em 2008 e 2012, eles também chegaram às finais, porém voltaram com a prata.

Para Wagner Gomes, membro Conselho Federal de Educação Física e apresentador do programa Stadium, o vôlei é o esporte mais organizado que temos no país. Gomes conta os motivos que levaram o voleibol brasileiro ao pódio tantas vezes.

Profissionalização

“O voleibol se profissionalizou de tal forma que a organização do esporte tem hoje uma renovação praticamente natural. É um dos poucos esportes coletivos com um centro de treinamento de altíssimo nível. Até os clubes de futebol querem fazer pré-temporadas por lá”, explicou.

De sete esportes coletivos que são disputados nas Olimpíadas de Verão, o país conquistou medalhas em apenas três – vôlei, basquete e futebol. A de ouro veio apenas no vôlei.

Planejamento

Os demais esportes têm poucos adeptos no país e, em função disso, não têm equipes muito competitivas. Entre os esportes que o país ainda não subiu no pódio estão o handebol, polo aquático, hockey sobre a grama e o rúgby de sete – este último fez sua estreia este ano nos jogos Olímpicos do Rio.

Gomes explicou a razão do país não ser mais competitivo nesses esportes. “Falta um planejamento e um programa a longo prazo no Brasil incentivando outros esportes. O rúgby feminino, por exemplo, ficou em nono lugar. Com isso, elas conquistaram o direito de participar da liga mundial no ano que vem. Antes, elas só eram convidadas. Mas também quem é que faz rúgby aqui? São pouquíssimos clubes. Precisamos dar mais visibilidade a esses esportes, de modo a fazer um planejamento a longo prazo. O Brasil é muito grande. Quanto mais praticantes o país tiver mais fácil de selecionar”, concluiu.

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