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Boyhood: Da Infância à Juventude é grande vencedor do Bafta

O filme ficou com três dos cinco prêmios aos quais concorria no Oscar do cinema britânico


	Cena de Boyhood: os mesmos atores foram filmados durante mais de uma década
 (Divulgação)

Cena de Boyhood: os mesmos atores foram filmados durante mais de uma década (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 05h50.

Londres - "Boyhood: Da Infância à Juventude" foi o grande vencedor neste domingo da edição de número 68 dos Prêmios Bafta - o Oscar do cinema britânico -, ao ficar com três dos cinco prêmios aos quais concorria, em uma noite que não foi boa para "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)", do diretor mexicano Alejandro González-Iñárritu.

"Boyhood", escrito e dirigido por Richard Linklater, um relato sobre a passagem do tempo, as relações familiares e a passagem da infância para a adolescência e a maturidade, levou vários dos principais prêmios, como os de Melhor Filme e Melhor Diretor, além de Melhor Atriz coadjuvante para Patricia Arquette.

Os Bafta reconheceram o mérito desse experimento cinematográfico inovador, já que foi rodado em curtos períodos ao longo de 12 anos, entre 2002 e 2013, o que permite ao espectador observar de perto a evolução real do personagem e seu protagonista durante esse período.

A emblemática Royal Opera House, no West End de Londres, se vestiu de gala para abrigar a noite mais importante do cinema do Reino Unido, em uma noite que contou com alguns convidados ilustres, como Tom Cruise, Michael Keaton, Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Sthepen Hawking e o ex-jogador David Beckham.

Os Prêmios Bafta, concedidos pela Academia Britânica de Cinema e Televisão, são considerados como a mais significativa prévia do Oscar, e são distribuídos desde o ano de 1947. O prêmio é uma estatueta dourada em forma de máscara.

O humor foi um dos principais elementos da festa, realizada com um ritmo impecável e apresentada por uma das figuras mais populares do cinema, da televisão e da cultura da Grã-Bretanha, o ator Stephen Fry.

González-Iñarritu, que já levou uma máscara dos Bafta com "Amores Brutos" em 2001, viu "Birdman" entre os favoritos por indicações, mas só ficou com um dos dez prêmios aos quais concorria, o de Melhor Fotografia, um reconhecimento menor para o qual é considerado um dos filmes do ano.

Além de "Birdman", os Bafta deram as costas a "O Jogo da Imitação", filme dirigido por Morten Tyldum, que não ganhou nenhum dos nove prêmios aos que concorria.

"Boyhood: Da Infância à Juventude" completou sua grande noite com o prêmio de Melhor Diretor, para Richard Linklater, que bateu Wes Anderson ("O Grande Hotel Budapeste"), Damien Chazelle ("Whiplash: Em Busca da Perfeição") e James Marsh ("A Teoria de Tudo"), além de González-Iñárritu.

O britânico Eddie Redmayne, um dos mais aclamados no tapete vermelho, ficou com o prêmio de Melhor Ator, enquanto a americana Julianne Moore ganhou o de Melhor Atriz, por "Para Sempre Alice".

Redmayne, que interpretou o célebre cientista britânico Stephen Hawking no bem-sucedido filme, venceu Benedict Cumberbatch ("O Jogo da Imitação"), Jake Gyllenhall ("O Abutre"), Michael Keaton ("Birdman") e Ralph Fiennes ("O Grande Hotel Budapeste").

Moore, que já foi indicada três vezes: venceu Amy Adams ("Grandes Olhos"), Felicity Jones ("A Teoria de Tudo"), Reese Whiterspoon ("Livre") e a Rosemund Pike ("Garota Exemplar").

O Bafta de melhor filme estrangeiro, para o qual o favorito era o russo "Leviatã", foi para à Polônia com "Ida", de Pawel Pawlikowski.

O grande momento da noite aconteceu no início da festa, quando Stephen Hawking entregou, junto com a atriz Felicity Jones, o prêmio de Melhores Efeitos Especiais.

O cientista entreteu o público presente na Royal Opera House após conversar com o apresentador, Stephen Fry.

Hawking foi uma das estrelas do tapete vermelho atraindo olhares, aplausos dos presentes e focos das câmeras.

Outra das grandes estrelas foi o ex-jogador David Beckham, também entre os mais visados em sua chegada ao West End. O astro entregou o Bafta de melhor filme britânico para "A Teoria de Tudo", dirigido por James Marsh. EFE

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