BMW X3: a quarta geração do modelo chega em versão única, M50 xDrive (BMW/Divulgação)
Repórter de automobilismo
Publicado em 23 de fevereiro de 2025 às 14h02.
Depois de Europa, EUA e China, é a vez do Brasil receber o novo BMW X3. Maior, mais potente, mais equipado e agora importado, o SUV também ficou mais caro: produzida na planta de Spartanburg, na Carolina do Sul (EUA), a quarta geração do modelo chega em versão única, M50 xDrive, de R$ 624.950, que substitui a nacional M40i, que custava R$ 599.950.
Em relação ao antecessor, o novo X3 cresceu em comprimento (de 4,41 metros para 4,75 m) e largura (1,89 m para 1,92 m), mas não na distância entre-eixos, mantida em 2,86 m. Isso se traduz em espaço interno praticamente inalterado, mas porta-malas mais amplo, saltando de 550 para 570 litros de capacidade, podendo chegar a 1700 litros com os bancos rebatidos.
As novas dimensões são empacotadas por um design que exibe a atual identidade visual da marca, mas sem as controvérsias de outros modelos da empresa, como iX, i7, M3 e XM. Ao vivo, o novo X3 transmite imponência e parece pertencer a uma categoria superior que a própria.
A cabine tem certas traquitanas muito mais exibicionistas do que necessárias, como o interruptor do nível de ventilação instalado junto à maçaneta interna. O sistema de infoentretenimento da BMW segue priorizando a habilidade tecnológica das novas gerações do que a simplicidade preferida pelos consumidores tradicionais da marca.
O Digital Key Plus, que dispensa a chave física e até mesmo a aproximação do smartphone para a abertura das portas, é um bom exemplo. Por outro lado, o luxo em cada detalhe do acabamento, o espaço amplo e a posição de guiar são contrapontos poderosos.
Poderoso também é o 3.0 biturbo de seis cilindros em linha, que produz 398 cavalos, 55 kgfm de torque e está conectado a uma transmissão automática de oito velocidades e funcionamento irretocável. A tração é integral, e o sistema auxiliar de 48 volts que otimiza o desempenho faz do novo X3 um híbrido leve.
De acordo com a BMW, “modificações no conjunto de amortecedores e molas do eixo dianteiro e do eixo traseiro aumentaram a precisão ao fazer curvas, enquanto o aumento de 19% no deslocamento do caster do eixo de direção ajuda a manter a estabilidade em linha reta”. Em um breve teste, de fato o SUV demonstrou comportamento de carro esportivo tanto no fôlego do motor quanto na dinâmica entre direção e suspensão.
BMW X3: a quarta geração do modelo chega em versão única, M50 xDrive (BMW/Divulgação)
Na lista de equipamentos, destacam-se o Driving Assistant Professional, que informa o motorista das condições de tráfego cruzado, riscos de colisão traseira, mudanças involuntárias de faixa de rolamento e controle e prevenção de aproximação frontal; e o Parking Assistant Professional, que permite estacionar o veículo automaticamente com a ajuda de câmeras e sensores externos.
Não poderia haver momento mais apropriado para o modelo mais vendido da marca mundialmente estrear no Brasil. Tradicional concorrente no segmento de SUVs médios, o Audi Q5 aguarda pela terceira geração (que deve chegar ainda este ano) com uma oferta bem mais modesta de potência e conteúdo; o Volvo XC60, um carro de 2017, acaba de receber atualizações, mas só chega no segundo semestre; e o Mercedes-AMG GLC 43, de R$ 685.900, é ainda mais caro do que o X3.
E quando a mira aponta para o Porsche Macan, cujas versões a combustão não têm futuro garantido ao lado da nova geração elétrica, o BMW X3 apela para o entusiasta que ainda prefere o motor tradicional – ainda mais se for um seis-cilindros, uma das essências da marca.