Rio de Janeiro - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, confessou nesta segunda-feira ter ficado "surpreso" pela eleição do argentino Lionel Messi para o prêmio Bola de Ouro, que recompensa o melhor jogador da Copa do Mundo.

"Preciso ser diplomata ou devo falar a verdade? Eu mesmo fiquei surpreso quando vi que Messi tinha sido eleito melhor jogador", admitiu o dirigente em entrevista coletiva.

O argentino anotou quatro gols nesta Copa, todos na primeira fase, mas teve atuação apagada no mata-mata, principalmente na final, que os 'Hermanos' perderam por 1 a 0 para a Alemanha na prorrogação, no último domingo no Maracanã.

"Se você for olhar o início do torneio, ele foi decisivo, então podemos dizer que a Argentina chegou à final graças aos seus gols", disse Blatter em seguida, numa tentativa de justificar a escolha do argentino.

O próprio Messi tinha falado no domingo que o prêmio não tinha importância para ele.

"A verdade é que isso (a Bola de Ouro), não me interessa nesse momento. Queríamos levantar a taça (da Copa do Mundo) para o nosso povo, e não conseguimos", lamentou.

A escolha de Messi como melhor da Copa também foi criticada pelo maior ídolo do futebol argentino, Diego Maradona.

"Ao 'Lio' eu daria o céu, mas quando não é justo e os marqueteiros querem fazer com que vença algo que não ganhou, é injusto", disse 'Dieguito' no domingo à noite no programa 'De Zurda', exibido pelo canal venezuelano Telesur e retransmitido na Argentina.

Para Maradona, o melhor jogador do Mundial foi o colombiano James Rodríguez, que não ficou de mãos vazias, já que recebeu a 'chuteira de ouro', prêmio concedido ao maior artilheiro da competição.

O camisa 10 'Cafetero' anotou seis gols em cinco jogos, mas sua seleção foi eliminada por 2 a 1 pelo Brasil nas quartas de final