Ex presidente da Fifa, Joseph Blatter (Arnd Wiegmann/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 8 de julho de 2022 às 12h32.
Última atualização em 8 de julho de 2022 às 12h42.
O ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o ex-presidente da Uefa, Michel Platini, foram absolvidos nesta sexta-feira por uma corte da Suíça que os julgou por corrupção.
Em silêncio, os dois acusados, que se declararam inocentes, ouviram a leitura do veredicto do processo, pelo qual poderiam ter sido condenados a cinco anos de prisão.
O Tribunal Penal Federal de Bellinzona não seguiu as recomendações da Promotoria, que havia solicitado em junho pena de um ano e oito meses de prisão com suspensão condicional.
Em 2011, quando ocupavam esses cargos, Blatter fez um pagamento de 2 milhões de francos suíços (cerca de R$ 10 milhões hoje) para Platini, a título de "consultoria".
Na acusação, o Ministério Público da Suíça argumentou que essa transferência se deu "sem base legal" e que serviu para "enriquecer ilegalmente Platini" às custas da Fifa. Platini pode recuperar os 2 milhões de francos.
"Um tribunal neutro constatou que nenhum crime foi cometido neste caso. Meu cliente está completamente absolvido e aliviado por isso", disse Dominic Nellen, advogado de Michel Platini.
Na época, Platini era considerado o sucessor natural de Blatter, presidente da Fifa desde 1998. A publicação do caso em 2015 acabou com a carreira dos dois como dirigentes de futebol.
Blatter renunciou à presidência da Fifa e depois foi banido pelo Comitê de Ética da entidade. Platini também foi banido do futebol, mas sua pena foi reduzida pelo CAS — e termina neste ano.