Loja em São Paulo na Black Friday: smartphone será item mais procurado por lá (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Ivan Padilla
Publicado em 9 de setembro de 2020 às 10h25.
Última atualização em 9 de setembro de 2020 às 11h01.
Em Recife, uma em cada duas pessoas deve ir às compras nesta Black Friday. Em Belo Horizonte, em compensação, menos de um terço das pessoas está propensa a gastar na data global de descontos, marcada este ano para 27 de novembro. Os itens mais procurados serão smartphones e aparelhos eletrônicos. Assim deverá ser o comportamento dos consumidores neste ano, marcado pela crise econômica em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Os dados fazem parte da pesquisa feita pesquisa realizada pela equipe de inteligência de mercado da Globo para o mercado anunciante. As categorias pesquisadas são smartphones, eletrônicos, roupas e acessórios, móveis, perfumes e cosméticos, calçados, objetos de utilidade doméstica, compras de supermercado e bicicletas.
Os resultados nacionais já haviam sido publicados nessa reportagem da EXAME. Agora, apresentamos aqui em primeira mão os dados regionais de seis dos principais centros consumidores do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Distrito Federal e Recife.
Foram entrevistadas 1.726 pessoas de todo o Brasil, das classes A, B e C, acima de 18 anos. Há uma demanda reprimida por compras nesse período. Sete em cada dez pessoas deixaram de comprar algo neste ano por causa da pandemia. E, neste quarto trimestre, enxergam na Black Friday uma oportunidade para consumir — e mais barato.
Confira como ser o comportamento na data este ano nas seis capitais.
RECIFE
Sete em cada 10 recifenses deixaram de consumir algo este ano devido à pandemia. E enxergam na Black Friday uma oportunidade de comprar mais barato.
Do total, 70% costumar comprar na Black Friday.
Dos 30% que não compram, a maioria diz que não acredita nas ofertas.
Este ano, porém 49% têm intenção de comprar na Black Friday – ou seja, uma em cada duas pessoas.
Para 28% de quem pretende ir às compras, a Black Friday este ano será ainda mais importante.
A categoria mais desejada, com 31% da preferência, são smartphones, seguida de roupas e acessórios, com 23%. Depois estão eletrodomésticos, com 23%. Os eleitores votaram em mais de um produto.
O que esperar da Black Friday? Do total, 77% gostariam de ter um site com as melhores ofertas online.
SÃO PAULO
64% dos paulistanos deixaram de comprar algo este ano devido à crise. E também querem compensar neste quarto trimestre.
Do total, 62% costumam comprar na Black Friday.
Dos 38% que não costumam consumir na data, a maior parte diz que não faz compras por impulso.
Este ano, 34% têm planos para comprar algo na Black Friday.
Para 38% de quem tem intenção de gastar, a data de compras este ano está ainda mais importante.
Quais os produtos que serão prioridade? Em primeiro lugar, com 43% na preferência, estão smartphones. Depois, roupas e acessórios, com 40%, e calçados, com 29%. Os eleitores votaram em mais de um produto.
Na hora da compra, no entanto, 9 em cada 10 pessoas vão considerar se realmente trata-se de uma promoção.
RIO DE JANEIRO
63% dos cariocas deixaram de comprar algo na Black Friday.
Do total de entrevistados, 75% costumam ir às compras na Black Friday.
Dos 25% que não costumam desembolsar na data, a principal razão alegada é simplesmente não ter dinheiro para gastar.
Mas 43% estão dispostos a consumir na Black Friday. Entre os outros 57%, a maioria diz que não vai aderir por estar desempregada.
Para 54% das pessoas que têm intenção de ir às compras, a Black Friday em ano de crise tem ainda mais importância.
E o que os cariocas querem comprar este ano. Smartphone é a categoria prioritária, com 44% das intenções. Depois estão roupas, com 36%, e 33% para computador. Os eleitores votaram em mais de um produto.
E nove em cada dez entrevistados quer checar se realmente a promoção vale a pena antes de sacar o cartão de crédito do bolso.
PORTO ALEGRE
Seis em cada dez moradores da capital disseram ter deixado de comprar algo na pandemia.
É a mesma proporção de quem costuma comprar usualmente na Black Friday.
Entre os 40% que não costumam comprar na data, a principal é não acreditar nas ofertas.
Um terço dos porto-alegrenses tem intenção de aproveitar as promoções na data. Entre os 67% que não pretendem comprar, o motivo maior é ter outras prioridades para o dinheiro.
Entre quem vai às compras, 21% acham que a data é ainda mais importante em tempos de crise.
A categoria mais desejada será a de calçados, com 43% da preferência. Na sequência vêm smartphones, com 31%, e eletrônicos, com 29%. Os eleitores votaram em mais de um produto.
Lá, como nas demais capitais, os consumidores são céticos. Nove em cada dez querem checar se a promoção vale a pena antes da compra.
DISTRITO FEDERAL
Seis em cada dez moradores da capital federal deixaram de comprar algo na pandemia.
Dois terços, ou 66%, costumam comprar na Black Friday.
Dos demais 34%, que não compram na data, a maior parte diz que não faz compras por impulso.
Do total, 46% pretendem ir às compras em novembro deste ano. Entre os 64% que não querem gastar, a maior parte diz que tem outras prioridades de gastos.
Para 29% de quem intenção de compras, a Black Friday tem mais importância neste ano de crise.
E qual será a categoria mais desejada? Eletrônicos e eletrodomésticos estão no topo da preferência, empatados com 39%. Depois estão objetos de utilidade doméstica, com 35%. Os eleitores votaram em mais de um produto.
Aqui também nove em cada dez entrevistados vão analisar se o desconto realmente é considerável antes de comprar.
BELO HORIZONTE
Entre os que responderam à pesquisa, 63% dizem ter deixado de comprar algo na atual crise.
Do total, 59% costumam comprar na Black Friday.
Dos 41% que não compram usualmente, a principal razão é não acreditar nas ofertas.
Os moradores da capital mineira são os menos propensos a comprar na data: apenas 31% têm intenção de consumir.
Entre quem vai comprar, 32% acham que a data é mais importante devido à conjuntura econômica.
Roupas e acessórios serão os itens mais procurados, com 36% das intenções. Depois estão smartphones, móveis, perfumes e calçados, as quatro categorias empatadas com 32%. Os eleitores votaram em mais de um produto.
O índice se repete novamente: nove em cada dez pesquisadores disseram que vão considerar se realmente trata-se de uma promoção antes do ato da compra.