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Big John, o maior tricerátope conhecido, é leiloado por US$ 7,7 milhões

O futuro dono deste tricerátops foi a Paris conhecer o esqueleto durante o período de exibição ao público

 (Sarah Meyssonnier/Reuters)

(Sarah Meyssonnier/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de outubro de 2021 às 14h08.

Última atualização em 21 de outubro de 2021 às 14h26.

O esqueleto de "Big John", o maior tricerátope conhecido, com 8 metros de comprimento e 66 milhões de anos de antiguidade, foi leiloado em Paris nesta quinta-feira, 21, e adquirido por um comprador americano por 7,7 milhões de dólares.

Esse valor (despesas incluídas) é muito superior ao preço inicial estabelecido pela casa de leilões francesa Drouot, de 1,1 milhão de dólares, mas está longe do recorde alcançado por um esqueleto fóssil de dinossauro. Esta marca ainda é de um Tiranossauro rex, comprado por 31,8 milhões de dólares, em outubro de 2020, em Nova York.

No total, 13 pessoas deram lances por "Big John".

O futuro dono deste tricerátops foi a Paris para conhecer o esqueleto durante o período de exibição ao público, em setembro, e acabou "se apaixonando" por ele, explicou seu representante no leilão.

Assim, "Big John" voltará para os Estados Unidos, onde foi descoberto, em 2014, pelo geólogo Walter W. Stein Bill no estado da Dakota do Sul. Em tese, fará parte da coleção do comprador anônimo.

Este tricerátopo pertence à época do Cretáceo Superior, a última era dos dinossauros na Terra. Viveu em Laramidia, um continente insular alongado que ia do Alasca ao México.

"Big John" morreu em uma zona inundável e ficou enterrado na lama, o que explica seu nível de conservação. Seu esqueleto está 60% completo, e partes como o crânio, 75% completas.

Números astronômicos

Graças à colaboração com as universidades italianas de Bolonha e Chieti, foi possível estudar seus fósseis. Isso permitiu descobrir que o crânio de "Big John" é 5% a 10% maior do que o dos 40 crânios de tricerátops até então estudados por cientistas.

Os pesquisadores também analisaram uma linha de laceração perto do crânio, que pode ser o resultado de um ferimento causado por uma "chifrada" durante uma briga de "Big John" com seus colegas. Esta espécie era dotada de dois longos e pontiagudos chifres frontais.

O leilão desse esqueleto é mais um exemplo do fervor em torno desse tipo de fóssil.

Os esqueletos de dinossauros vendidos nos últimos anos atingiram cifras astronômicas nesses tipos de mercado. Uma má notícia para centros de pesquisa e museus públicos que não têm como concorrer com estes preços nos leilões.

"Não podemos competir", lamentou o diretor do Museu de História Natural de Toulouse (sul da França), Francis Duranthon, em recente conversa com a AFP.

Estes preços "equivalem a 20 ou 25 anos do nosso orçamento de compras", acrescentou.

A casa Drouot já vendeu alguns fósseis de esqueletos por grandes quantias. Entre 2018 e 2020, dois aleossauros foram vendidos por 1,6 milhão e 3,5 milhões de dólares. Em 2020, porém, a casa não encontrou compradores para várias espécies, já que o preço mínimo proposto pelo vendedor não foi atingido.

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