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'Berlusconi daria um grande personagem para filme', diz Almodóvar

O premiê italiano daria um grande personagem para um filme, uma obra de teatro ou ainda um musical da Broadway, segundo o cineasta espanhol Pedro Almodóvar

Almodóvar também espera que a saída de Berlusconi do governo italiano represente "o início de uma recuperação" (Daniel Mihailescu/AFP)

Almodóvar também espera que a saída de Berlusconi do governo italiano represente "o início de uma recuperação" (Daniel Mihailescu/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2011 às 13h39.

Roma - O cineasta espanhol Pedro Almodóvar afirma que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, daria um grande personagem para um filme, uma obra de teatro ou ainda um musical da Broadway, 'com direito a belíssimas mulheres cantando e dançando, orgias e um texto subversivo'.

'Apesar da terrível situação (político-econômica) na Itália, acho que isso motivaria muito humor, já que todas suas histórias de sexo são verdadeiramente divertidas. Agora, parece que ele vai para casa, mas qual das 20 que tem?', ironiza o diretor espanhol em uma entrevista publicada neste sábado no jornal 'La Stampa'.

Almodóvar, que espera que a saída de Berlusconi do governo italiano represente 'o início de uma recuperação', também fala sobre seu último filme, 'A Pele Que Habito'. Inspirado no romance 'Tarantula', de Thierry Jonquet, o longa-metragem conta com Elena Anaya e Antonio Banderas no foco central da trama.

O cineasta explica que, em 2001, quando comprou os direitos do livro, 'os cientistas estavam começando a decodificar o genoma humano e a ideia de reproduzir uma pele artificial era apenas uma fantasia. Mas, agora, isso já se transformou em algo possível'.

'A ciência fez avanços tão grandes que certamente em algum laboratório do mundo alguém já trabalha na transgênese', destaca Almodóvar. 'Tudo isso nos ajudará a derrotar doenças, mas me assusta pensar que estamos evoluindo, mesmo com todas as dificuldades sociais e econômicas'.

Sobre a situação na Espanha, Almodóvar lembra que existem 5 milhões de desempregados, sendo que os políticos espanhóis nunca falam de projetos que possam contornar esses 'difíceis problemas' que existem.

'Meu coração está com aqueles que sofrem, e isso terá um reflexo direto em meus filmes. Quero fazer filmes menores e com orçamento mais baixo', conclui o cineasta.

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