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Beckenbauer é suspenso do futebol por comitê da Fifa

O alemão Franz Beckenbauer foi suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa e não poderá participar de nenhuma atividade relacionada ao futebol por 90 dias


	Franz Beckenbauer: Beckenbauer negou envolvimento com supostos casos de corrupção
 (Getty Images)

Franz Beckenbauer: Beckenbauer negou envolvimento com supostos casos de corrupção (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2014 às 14h44.

Rio de Janeiro - O alemão Franz Beckenbauer, campeão do mundo como jogador e técnico, foi suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa "com caráter provisório e não poderá participar de nenhuma atividade relacionada ao futebol durante 90 dias" por "não ter cooperado" com a investigação da escolha do Catar como sede do Mundial de 2022, anunciou a entidade nesta sexta-feira.

O vice-presidente do órgão de decisão do comitê, Alan Sullivan, formalizou a suspensão a pedido do presidente do órgão de instrução da entidade, Michael J. Garcia.

Este último, um ex-promotor americano que agora é investigador interno da Fifa, havia avisado na quarta-feira passada, no 64º Congresso da entidade, em São Paulo, que estava disposto a propor sanções àqueles que não cooperassem.

"A suposta infração se deve a Franz Beckenbauer não ter cooperado com uma investigação da Comissão de Ética, apesar de ter sido solicitada sua ajuda em reiteradas ocasiões", disse a Fifa em comunicado.

Beckenbauer havia argumentado que não respondeu ao questionário que lhe foi enviado pela entidade porque "estava em inglês" e ele não o compreendia.

Michael J. García declarou no último Congresso da Fifa que recebeu "evidências" que poderiam provar o escândalo revelado pela imprensa britânica em relação à escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022.

O jornal "Sunday Times" informou no último fim de semana que alguns dirigentes tinham recebido suborno para favorecer a escolha do país árabe e voltou suas baterias contra o ex-dirigente catariano Mohammed Bin Hamman, que supostamente teria destinado US$ 5 milhões a cartolas de países africanos e asiáticos para influenciarem eleitores em prol da candidatura do Catar.

"Recebemos documentos, testemunhos de dirigentes, testemunhos de pessoas comuns, mas é impossível fazer uma investigação que dure para sempre, se houver novos elementos, claro que serão avaliados", disse então García.

Beckenbauer, ex-membro do comitê executivo da Fifa, negou qualquer envolvimento com supostos casos de corrupção relacionados à escolha de Rússia e Catar como sedes dos Mundiais de 2018 e 2022. "Não tenho absolutamente nada a esconder", afirmou.

Beckenbauer se negou a esclarecer em quem votou sendo ainda membro do comitê executivo da Fifa, e disse apenas ter seguido a recomendação depositada nele pela Federação Alemã de Futebol (DFB), que não era partidária do Catar.

O "Sunday Times" informou no último fim de semana sobre supostas viagens de Beckenbauer ao Catar pagas por Hamman, que por sua vez acabou banido do futebol por corrupção.

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