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Barcelona decidirá amanhã sobre fim do "caso Neymar"

O time dirá nesta segunda-feira se aceita pagar 5,5 milhões de euros de multa à Agência Tributária da Espanha


	Neymar: o Barcelona declarou os pagamentos do jogador como prestação de serviços de pessoa jurídica
 (Gerard Julien/AFP)

Neymar: o Barcelona declarou os pagamentos do jogador como prestação de serviços de pessoa jurídica (Gerard Julien/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2016 às 13h42.

Barcelona -- A direção do Barcelona decidirá nesta segunda-feira se aceita pagar 5,5 milhões de euros de multa à Agência Tributária da Espanha, encerrando desta forma sua participação no chamado "caso Neymar", apesar da pressão de alguns sócios, que ameaçam processar o clube caso o pagamento seja feito.

O Barcelona pode evitar que a participação do clube no "caso Neymar" vá a julgamento se topar pelo pagamento, admitir que cometeu dois crimes fiscais e exonerar de qualquer cargo o atual presidente, Josep Maria Bartomeu, e ex-presidente Sandro Rossell.

Alguns sócios do Barcelona, porém, já se mostraram inconformados com a possibilidade de aceitar essa proposta, caso do ex-presidente Joan Laporta e do ex-diretor e candidato nas últimas eleições para o comando do clube, Toni Freixa.

Laporta anunciou na última sexta-feira que pode entrar com ações por causa do acordo entre a direção do Barcelona e a Promotoria da Espanha, porque entende que o clube ficaria como o único acusado de cometer dois crimes fiscais.

"Rosell e Bartomeu se equivocam se pensam que podem utilizar o dinheiro do Barcelona para ficarem livres de sua má gestão", alertou o ex-presidente e um dos sócios mais influentes do clube.

O Barcelona tem até o dia 30 de junho para estudar o pacto e evitar o julgamento. A direção do clube está disposta a aceitar o acordo e assumir uma multa de 5,5 milhões de euros, que isentaria Rosell e Bartomeu de culpa por dois crimes fiscais cometidos nos anos fiscais de 2011 e 2013.

Se trata de um montante de 10 milhões de euros que o Barcelona pagou a Neymar para assegurar a contratação do atacante em 2011, mais os 40 milhões de euros repassados à empresa do jogador assim que ele se transferiu oficialmente ao clube.

De acordo com a Fazenda Pública da Espanha, esses pagamentos deveriam ter sido declarados como salário do jogador e não como prestação de serviços de pessoa jurídica, manobra que evitou que o clube pagasse impostos sobre os valores.

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