Casual

Autores brasileiros querem derrubar estereótipo em Paris

Escritores querem fugir de concepções sobre o carnaval, o samba e o futebol, entre outros temas que predominam em nossa cultura, para crescer no exterior

Seis escritores convidados pelo Itamaraty e pela Fundação Biblioteca Nacional a representar o Brasil no Salão do Livro de Paris de 2012 (José Assenco/Stock.xchng)

Seis escritores convidados pelo Itamaraty e pela Fundação Biblioteca Nacional a representar o Brasil no Salão do Livro de Paris de 2012 (José Assenco/Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 11h50.

Paris - No imaginário do europeu, o Brasil é cada vez mais associado à ideia de uma jovem democracia em franco desenvolvimento, de uma nova fronteira econômica. As velhas concepções sobre a nação do carnaval, do samba, do futebol, entretanto, ainda têm força descomunal quando se fala de cultura. Na literatura, esses estereótipos se revelam na expectativa do público, ainda em busca de autores que falem de "temas brasileiros" e exóticos, como a pobreza extrema, a violência, as contradições sociais.

Para os jovens escritores que se lançam no exterior, é um desafio provar ao leitor que há uma literatura universalista no país.

Este é de certa forma o objetivo de seis escritores convidados pelo Itamaraty e pela Fundação Biblioteca Nacional a representar o Brasil no Salão do Livro de Paris de 2012, em curso neste momento na capital.

Depois de dois anos longe da feira, um dos maiores eventos culturais da Europa, o País tenta atrair atenções para sua literatura, sugerindo ao leitor europeu que sua produção vai além dos best-sellers de Paulo Coelho e dos clássicos de Machado de Assis e Clarice Lispector.

"A ideia é que marquemos presença, que a nossa literatura saia de seu cantinho e mostre que fala para todo mundo, que não é só pitoresca; é também universal", explica Simone Dias, chefe do setor cultural da embaixada em Paris e uma das articuladoras da volta do Brasil ao salão.

No estande do País, bem situado e de porte, com 90 metros quadrados - tamanho acima da média da feira -, Adriana Lisboa, Adriana Lunardi, Arthur Dapieve, João Carrascoza, Maria Valéria Rezende e Tatiana Salem Levy terão a missão de representar a nova geração de autores. A ideia é estimular o diálogo com o público leitor francês, em um contato direto que desperte a curiosidade pela língua e pela literatura produzida hoje no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilEscritoresEuropaFrançaLivrosMetrópoles globaisPaíses ricosParis (França)

Mais de Casual

Iates luxuosos à venda no Brasil: veja as mansões sobre as águas em fotos

Viajamos pela Amazônia num navio de R$ 8 mil a diária com academia e chef estrela Michelin

Club Med transforma férias em experiências memoráveis para a família

Novidades a mesa: 24 restaurantes em São Paulo com menus renovados