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As marcas suíças de relógio Mido e Tissot voltam ao mercado brasileiro

A empresa FiveHands Group assume por aqui a distribuição, venda e pós-venda das duas manufaturas do grupo Swatch

Pedro Cagnoni, com as marcas Tissot e Mido: planos de crescimento (Divulgação/Divulgação)

Pedro Cagnoni, com as marcas Tissot e Mido: planos de crescimento (Divulgação/Divulgação)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 26 de outubro de 2024 às 07h00.

Última atualização em 28 de outubro de 2024 às 09h25.

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Duas marcas suíças de relojoaria que andavam longe do consumidor brasileiro estão de volta. Depois de cinco anos sem venda oficial no mercado nacional, Tissot e Mido, ambas hoje no grupo Swatch, passaram a ser comercializadas em 50 lojas de 17 estados.

Quem assumiu a operação brasileira foi a FiveHands Groups, de Pedro Cagnoni. O empresário cuidava antes da distribuição das duas marcas, interrompida em 2019 devido a complicações logísticas e judiciais. “Nós mantivemos todo o pós-venda, customer care e peças de reposição durante esses últimos cinco anos. Então, nossos brand lovers não ficaram órfãos", afirma Cagnoni.

As lojas do site das marcas já estão ativas e em operação desde a semana passada. Para 2025, estão previstas a abertura de lojas monomarca. “Planejamos uma expansão significativa para atingir 200 pontos de venda nas capitais e principais cidades do país nos próximos cinco anos”, diz Cagnoni.

Tissot PRX

Tissot PRX: bom custo-benefício (Divulgação/Divulgação)

Marcas de entrada no mercado

A Tissot tem lugar cativo no coração dos colecionadores. A marca foi fundada em 1853, em Le Locle, na Suíça. Nos anos 1930, fez uma fusão com a Omega. Os modelos com os dois nomes gravados no mostrador são uma sensação entre os aficionados. A união deu origem então ao que hoje é o grupo Swatch. Nas décadas seguintes, a Tissot foi marcadora oficial de esportes como esqui em torneios europeus e tênis na Copa Davis.

A Mido foi fundada em Bienne, também na Suíça. No início, produzia relógios para automóveis da Bugatti e Ford, entre outras. O Modelo Multifort, lançado em 1934, tornou-se um sucesso e é ainda hoje um de seus principais modelos. A marca fez sucesso no passado com seus cronógrafos.

Hoje, Mido e Tissot são consideradas duas marcas de entrada no mercado da relojoaria, com bom custo-benefício. O PRX de movimento automático, um dos principais modelos da Tissot, sai por volta de R$ 7.000. A versão atual do Multifort da Mido, também com calibre automático, custa em torno de R$ 9.000.

Mercado apresenta queda

Segundo estudo feito pelo Morgan Stanley com a consultoria Luxe Consultant, a Tissot foi a décima marca de relógio mais vendida em 2023, com 3,1 milhões de peças comercializadas, a um preço médio de 410 francos cada. A receita estimada foi de 825 milhões de francos. Já a Mido ficou na 31ª posição, com 123.000 relógios vendidos e 170 milhões de francos em faturamento.

Para 2024, a expectativa do mercado no geral é de queda. De janeiro a setembro, a exportação de relógios suíços caiu 2,7%, segundo a Fédération de l’industrie Horlogère Suisse. O tombo tem sido mais agudo nos meses mais recentes. Em setembro, a redução foi de 12,4%. Os números negativos se devem principalmente à baixa demanda da China e Hong Kong.

O Brasil é um mercado pequeno frente ao setor global e apresenta comportamentos peculiares. Segundo fontes do mercado, as principais marcas têm apresentado bons resultados por aqui. É nesse contexto Tissot e Mido marcam seu retorno.

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