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1. Sustentabilidade sobre duas rodas
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São Paulo - Ela tem consumo zero de combustível, é econômica, não polui, garante saúde e bem estar psicológico para seus adeptos e, se bem cuidada, pode durar até 20 anos. Diante de todos os esses benefícios, a bicicleta é considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) o veículo mais sustentável do planeta.
No dia mundial sem carro, comemorado nesta quarta (22), a magrela aparece como uma opção de transporte sustentável para desatar os nós do caos viário tão comum nas grandes metrópoles. Apesar disso, muitos países ainda não concedem uma atenção especial ao veículo em suas políticas públicas de mobilidade. Outros, ao contrário, já estão bem adiantados.Uma pesquisa do site Askmen revelou quais são as dez cidades mais bem preparadas para se pedalar. O levantamento levou em conta políticas públicas de planejamento urbano e a cultura de cada região. Confira a seguir.
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2. Em Amsterdã, bicicleta é como carro
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São Paulo - As bicicletas são parte fundamental da identidade holandesa e respondem por 40% das locomoções diárias da população. Em Amsterdã, pedala-se para ir à escola, ao trabalho, à padaria perto de casa e até mesmo para sair à noite e tomar alguns drinks.O uso desse veículo sustentável é tão disseminado por lá que os moradores chegam a medir a distância de um lugar para outro baseado nos minutos que levam para fazer a travessia de bike. Nas ruas, o trânsito está todo adaptado para o tráfego sobre duas rodas - com ciclovias, corredores compartilhados, postos de aluguel e de guarda e até sinais especiais -, que é resultado de um trabalho sistemático, iniciado no final da década de 70.
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3. Copenhagen: a pioneira em aluguel de bikes
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São Paulo - Copenhagen foi a primeira cidade no mundo a promover o empréstimo público de bicicletas, um modelo que depois se espalhou por vários países da Europa e da América. A capital da Dinamarca, que afirma ter mais bicicletas que seus 510 mil moradores, apresenta uma taxa elevada de uso da magrela.Cerca de 40% de sua população pedala diariamente entre idas e vindas de casa ao trabalho, da escola para o cinema, do parque para a casa de um amigo, e vice-versa. Quem cansar de pedalar e quiser completar o caminho de ônibus e metrô levando a magrela também pode, basta pagar uma taxa equivalente a R$5.
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4. Bogotá tem a maior malha cicloviária da América Latina
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São Paulo - Já se vão 35 anos desde a implementação da primeira ciclovia de Bogotá, na Colômbia. Hoje a cidade possui a maior malha cicloviária da América Latina: são 350 quilômetros de vias destinadas ao tráfego de bicicletas.Aos domingos das 7h às 14h, outros 110 quilômetros de ruas são abertos apenas para bicicletas como parte do programa Ciclovia. Além da invasão das magrelas, as ruas são tomadas por programas culturais, como aulas de rumba e ambulantes vendendo lanches. Bem sucedida, a experiência da cidade colombiana - onde apenas 13 % da população possui carros - tem inspirado planejadores urbanos em todo o mundo.
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5. Além dos BRT´s: Curitiba quer mais 300 km de ciclovias
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5/11 (Jader Rocha)
São Paulo - A cidade brasileira considerada modelo em mobilidade urbana por seu sistema de BRT´s ocupa a quarta colocação no ranking das melhores para se pedalar. Curitiba possui 120km de ciclovia para 1,8 milhões de habitantes. Dados de um levantamento do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), com 2.825 pessoas, revelam que 86% dos ciclistas usam a bicicleta para ir e voltar do trabalho.No geral, o veículo tem participação de 5% entre os modais de transporte na capital paranaense, enquanto que os transportes públicos respondem por 45%. O Plano de Mobilidade da cidade de 2009 prevê a implementação no curto e médio prazos de outros 300 quilômetros de ciclovias.
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6. Cinco mil bikes de aluguel à disposição em Montreal
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São Paulo - Em Montreal, bicicleta é coisa séria. A cidade canadense é a primeira da América do Norte a adotar um sistema público de aluguel de bicicleta - o BIXI (junção das palavras bicicleta e táxi). Atualmente, o programa conta com mais de 5000 bicicletas disponíveis para locação em mais de 400 estações.Os adeptos da magrela têm à disposição uma vasta rede de 600 km de ciclovias espalhadas por toda a ilha. Recentemente, Montreal investiu 134 milhões de dólares para renovar suas ciclovias e deixá-las mais seguras para os ciclistas.
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7. Moradores de Portland, nos EUA, desfilam bikes nada usuais
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São Paulo - Ao noroeste dos Estados Unidos, em Oregon, localiza-se aquela que é considerada pela League of American Bicyclists a melhor cidade norte-americana para andar de bicicleta. Com mais de 480 km de ciclovias, Portland possui um programa comunitário oficial que disponibiliza bicicletas aos cidadãos de renda mais baixa. Todas são equipadas com capacete, cadeado, bomba para encher pneu, mapas e capas de chuva, acessórios indispensáveis para garantir a segurança do "motorista" .Cerca de 9% de seus habitantes usam a bicicleta em seus deslocamentos diários. A cidade possui até um programa oficial para mulheres, o Women on Bikes, voltado para assuntos como a manutenção de um pneu furado e técnicas de limpeza, além de uma competição anual para bicicletas de carga customizadas.
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8. Basiléia oferece estacionamento exclusivo para as ´velos´
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São Paulo - Em 7º lugar no ranking das melhores cidades para andar de bike, surge Basileia, na Suíça. A cidade possui ciclovias, estacionamentos e faixas exclusivas para ciclistas, no lado esquerdo da via, com sinalização adequada e mapas com as melhores rotas.Existem também ciclovias que ligam Basileia a outras partes da Suíça, ou seja, dá até pra viajar na magrela por lá. Mesmo saindo da zona urbana para ir em direção a outras cidades, os ciclistas contam com segurança e sinalização. Apesar dos altos e baixos do relevo suíço, a bicicleta é utilizada em 23% dos deslocamentos diários realizados pelos 230 mil habitantes de Basileia.
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9. Barcelona completa 3 anos de Bicing
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9/11 (Getty Images)
São Paulo - Em 8º lugar ficou a espanhola Barcelona, conhecida pelo Bicing, o programa de aluguer de bicicletas lançado em 2007 que empresta bicicletas em cerca de 100 postos espalhados por toda a cidade. Com um cartão, o usuário pode emprestar uma bike em um dos postos e devolver em qualquer outro. Além de uma ciclovia que rodeia toda a área metropolitana da cidade, chamado de “anel verde”, existem 3250 vagas de estacionamento para bicicletas na rua e garagens subterrâneas.
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10. Bicicleta, em Pequim, é antídoto contra engarrafamento
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10/11 (Getty Images)
São Paulo - A capital chinesa, Pequim, tem uma grande tradição na utilização da bicicleta, mas o boom econômico chinês deu à população o poder de compra para adquirir um carro. No entanto, o excesso de veículos tornou o trânsito caótico e os deslocamentos mais lentos. Para fugir dos congestionamentos, a população retomou o velho hábito de andar de bicicleta de um lado para o outro da cidade.Hoje, existem cerca de 10 milhões de bikes que se espalham por toda Pequim e geram emprego para milhares de vendedores, borracheiros, guardadores e outros funcionários do ramos das bicicletas. Um modelo comum pode ser alugado por aproximados R$ 2,00.
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11. EmTrondheim, suba ladeira de elevador
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11/11 (Creative Commons/Montagem)
São Paulo - Por fim, no 10º lugar da lista, mais uma cidade escandinava: Trondheim, na Noruega. Segundo o website inglês, cerca de 18% da população utiliza a bicicleta diariamente como meio de transporte, apesar da íngremes subidas citadinas. Na verdade, altura não chega a ser um problema por lá.Em Trondheim existem ‘elevadores’ (em destaque) para as bikes que levam os ciclistas ladeira a cima. O primeiro foi inaugurado em 1993. Basta colocar um dos pés no suporte metálico que, guiado por um trilho, empurra o ciclista ladeira acima. A velocidade varia entre 4km e 5Km, o que o torna seguro para todas as idades.