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Art Basel estreia no Oriente Médio com ambição de expansão cultural no Golfo

Esta é uma das iniciativas do país que busca transformar sua economia baseada no petróleo em uma economia voltada ao conhecimento

Art Basel Doha:  xeique Al Mayassa está por trás dos planos da feira (Art Basel Miami/Divulgação)

Art Basel Doha: xeique Al Mayassa está por trás dos planos da feira (Art Basel Miami/Divulgação)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 21 de maio de 2025 às 13h11.

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Com edições na Europa, Ásia e América do Norte, a feira suíça Art Basel anunciou sua estreia no mercado do Oriente Médio, em Doha. “Estamos começando pequeno”, disse Noah Horowitz, CEO da feira.

Essa será a quinta feira global da marca, que possui edições em Hong Kong, Miami, Paris e Basel, onde ocorreu a primeira edição em 1970.

A feira será organizada com a Qatar Sports Investments e a QC. O evento acontecerá no Distrito de Design de Doha, no centro da cidade em fevereiro de 2026.

"A cena artística em toda a região do Oriente Médio e norte da África passou por um crescimento exponencial nas últimas décadas, com o estabelecimento de instituições de classe mundial, o lançamento de importantes eventos culturais e o crescimento de uma comunidade vibrante de artistas, galerias e profissionais", disse Horowitz.

A primeira edição terá cerca de 50 galerias participantes. Mas os planos são ambiciosos, com a expectativa da edição catari se equiparar nos próximos anos com a parisiense, que possui cerca de 200 galerias.

Esta é uma das iniciativas do país que busca transformar sua economia baseada no petróleo em uma economia voltada ao conhecimento. A arte está no centro deste plano.

No entanto, Dubai se mantém na liderança no mercado de artes no Oriente Médio, com dezenas de galerias e casas de leilão como Christie’s e Sotheby’s.

A visitação de colecionadores também é outro ponto em questão, já que estes costumam frequentar eventos próximos de suas regiões. Assim, Doha pode ter pouco apelo fora da Ásia, mas pretende atrair visitantes do Golfo e regiões próximas.

Por trás dos planos do mercado de arte no Catar está a xeique Al Mayassa, presidente da Qatar Museums e colecionadora de arte há duas décadas.

Segundo o site Business of Fashion, a xeique já teve à disposição um orçamento anual de cerca de 1 bilhão de dólares para aquisições de arte. Em comparação com outras instituições, em 2022 e 2023, o MoMA de Nova York gastou menos de 26 milhões dólares.

Os termos financeiros do acordo com a Art Basel não foram revelados.

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