Casual

Arquitetos são substituídos por marcas e prédios se tornam grifes para morar

Os novos edifícios de luxo não são conhecidos pelos arquitetos que os assinam, mas por marcas de moda e de carros

 (Victor Vilela/Exame)

(Victor Vilela/Exame)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 27 de dezembro de 2024 às 16h03.

Tudo sobreArquitetura
Saiba mais

A cidade de São Paulo, que nos anos 1950 viu surgirem prédios modernistas aclamados no mundo todo, assiste agora à chegada de prédios com grifes. Há dois anos, a Daslu foi a leilão por 10 milhões de reais. No entanto, o arremate foi feito pela Mitre Realty, incorporadora no segmento de alto padrão que não trará de volta as lojas com grifes de luxo, mas um edifício residencial, o Daslu Residences São Paulo. Não é um caso isolado. O logo da medusa que estampa a Versace pode ser encontrado no edifício da coleção Versace Home, feito em parceria entre Cyrela e Lavvi, em Moema. Montadoras como Ferrari, Pininfarina e Lamborghini também assinam edifícios pelo país.

Para Anália Amorim, arquiteta e professora da Escola da Cidade e da FAU-USP, as marcas viram a oportunidade de transformar a casa em mais um objeto de grife. “A residência vira um objeto de exposição”, diz.

Assim como os valores de uma bolsa de uma loja comum e uma peça assinada variam, o preço dos imóveis aumenta dependendo da inscrição na porta. O metro quadrado em bairros como Jardins, Pinheiros e Itaim Bibi está entre 15.000 e 18.000 reais, segundo o índice FipeZap+. No entanto, nas mesmas regiões, o valor de apartamentos assinados por marcas de luxo pode ficar entre 50.000 e 80.000 ­reais o metro quadrado. A exclusividade tem seu preço. 

Júlia Storch

Acompanhe tudo sobre:ArquiteturaLuxoVersaceLamborghiniDasluPrédios residenciaisFerrari

Mais de Casual

Vão Livre do Masp ganha nova vida com atividades esportivas gratuitas

Conheça os detalhes da nova fábrica de joias da Bvlgari inaugurada na Lombardia

Quanto custa viajar para Milão?

Exclusivo: em 'O Contador 2', Ben Affleck reflete sobre empatia, masculinidade e solidão