Casual

Argentina vence Bélgica, vai à semifinal e encerra jejum

Com a vitória, a seleção argentina encerra um jejum de 24 anos

Lionel Messi e seus colegas da seleção argentina comemoram a vitória contra a Bélgica na Copa (REUTERS/Dominic Ebenbichler)

Lionel Messi e seus colegas da seleção argentina comemoram a vitória contra a Bélgica na Copa (REUTERS/Dominic Ebenbichler)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2014 às 15h19.

São Paulo - Sem o sofrimento das últimas partidas, a Argentina despachou a Bélgica neste sábado, no estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, conquistou a classificação às semifinais da Copa do Mundo e encerrou um jejum de 24 anos. Ao vencer por 1 a 0 o time belga, eterno candidato à sensação deste Mundial, os argentinos vão disputar novamente uma semifinal, o que não acontecia desde a Copa de 1990, quando foram vice-campeões.

O triunfo, desta vez, não contou com o protagonismo de Lionel Messi. Foi Di María quem armou a jogada que resultou no gol de Higuaín logo aos 7 minutos de jogo.

Messi teve atuação apagada e inverteu os papeis com o companheiro de ataque. O centroavante do Napoli, que até então vinha jogando na sombra do jogador do Barcelona, foi o responsável pelas melhores chances da equipe neste sábado.

Ao derrotar a Bélgica, a Argentina enfim rompeu a barreira das quartas de final, fase em que foi eliminada nas últimas duas Copas. Em busca da tão sonhada decisão, o time sul-americano vai enfrentar o vencedor do confronto entre a Holanda, uma das favoritas ao título, e a Costa Rica, grande surpresa deste Mundial. Eles se enfrentam ainda neste sábado, às 17 horas, em Salvador.

O duelo da Argentina na semifinal será disputado na próxima quarta-feira, no Itaquerão, na despedida do estádio de São Paulo nesta Copa. A outra semifinal terá Brasil e Alemanha, na terça, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

O JOGO - Preocupado com o poder ofensivo da Bélgica, o técnico Alejandro Sabella decidiu mudar a defesa para o duelo das quartas de final.

Trocou a irregularidade de Fernandez pela experiência de Demichelis e reforçou o poder de marcação do meio de campo ao colocar Biglia no lugar do Gago. Basanta substituiu o suspenso lateral-esquerdo Rojo, como era esperado.

Com esta formação, o treinador conseguiu parar o bom ataque belga no primeiro tempo. E pôde dar maior liberdade para Di María articular as jogadas com Messi no setor ofensivo. Aos 2 minutos, o atacante lançou Lavezzi, que parou na zaga em uma boa oportunidade para a Argentina.

Levando maior perigo no início, o time sul-americano chegou ao gol aos 7 minutos, contando com um pouco de sorte. Di María tentou passe para Zabaleta, mas viu Vertonghen fazer desvio que entregou a bola nos pés de Higuaín. O atacante não perdoou e marcou o seu primeiro gol nesta Copa.

Em desvantagem, a Bélgica foi para cima na base da vontade porque não mal se articulava no meio de campo. Marc Wilmots, que também fez mudanças no time, trocou Mertens e Lukaku por Mirallas e Origi e perdeu velocidade na equipe, apesar de manter a formação mais ofensiva.

Assim, contava com a inspiração de De Bruyne para movimentar o ataque. Aos 25 minutos, ele tentou de longe e Romero fez a primeira defesa. Hazard, apagado, parava fácil na marcação argentina. Com o meio congestionado, a Bélgica não tinha velocidade para avançar pelas laterais. Na melhor chance da equipe na etapa, Mirallas cabeceou com perigo, aos 41, após cruzamento de De Bruyne.

Mais retraída, a Argentina apostava nos contra-ataques com Messi e Di María, mas Kompany, bem posicionado, salvava o time belga. Os sul-americanos só reduziram o ritmo a partir dos 32 minutos, quando Di María sofreu uma lesão muscular e precisou deixar o gramado mais cedo.

A Argentina levou perigo novamente apenas aos 39, em cobrança de falta de Messi, quase dentro da área, por cima do travessão.

O segundo tempo começou com a Argentina novamente no ataque, abandonando a postura mais cautelosa do fim da etapa inicial. E criou duas grandes chances para definir o jogo com Higuaín antes dos 10 minutos. Aos 5, ele investiu pela linha de fundo pela direita, entrou na área e bateu forte. Van Buyten fez o desvio e quase mandou contra o próprio gol. Aos 9, o mesmo Higuaín deu uma caneta em Kompany, entrou na área e bateu forte. A bola carimbou o travessão.

Preocupado com a falta de reação belga, Marc Wilmots resolveu colocar em campo os jogadores que se destacaram contra os Estados Unidos - Lukaku e Mertens. Mas o time continuava frágil na armação. Levava perigo somente em cruzamentos na área para Fellaini, que desperdiçou boa chance aos 15 minutos.

Criando poucas chances de perigo real para o gol de Romero, a Bélgica começou a se desesperar e passou a atacar de forma desorganizada. Perdida no meio, lançava na área, à espera de um milagre que não veio.

Para piorar, ainda tomava sustos na defesa. Aos 48 minutos, Messi perdeu chance incrível para matar o jogo, quando foi lançado sozinho e, cara a cara com Courtois, parou no goleiro belga. O gol acabou não fazendo falta quando o juiz deu o apito final.

FICHA TÉCNICA

ARGENTINA 1 x 0 BÉLGICA

ARGENTINA - Romero; Zabaleta, Garay, Demichelis e Basanta; Mascherano, Biglia e Di María (Perez); Lavezzi (Palacio), Messi e Higuaín (Gago). Técnico: Alejandro Sabella.

BÉLGICA - Courtois; Alderweireld, Kompany, Van Buyten e Vertonghen; Witsel, De Bruyne, Fellaini, Hazard (Chadli) e Mirallas (Mertens); Origi (Lukaku). Técnico: Mark Wilmots.

GOL - Higuaín, aos 7 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Biglia (Argentina); Hazard e Alderweireld (Bélgica).

ÁRBITRO - Nicola Rizzoli (Fifa/Itália).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 68.551 presentes.

LOCAL - Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília (DF).

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCopa do MundoEsportesFutebolSeleção Brasileira de Futebol

Mais de Casual

4 estradas incríveis no Brasil para testar carros em diferentes tipos de terreno

Xiaomi venderá carros elétricos fora da China nos próximos anos, diz CEO

Alvaro Gutierrez, country manager da Intimissimi, aproveita o tempo livre em cavalgadas pelo mundo

‘Anora’ faz história no Oscar ao vencer Melhor Filme e mais 4 categorias