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Após vestir a ex-BBB Juliette, Amarante fatura 15 milhões em seis meses

Com um Instagram repleto de famosas, de Fernanda Mota a Elba Ramalho, a Amarante do Brasil tem como estratégia o marketing de influência

A aparição de Juliette com um vestido da Amarante fez as vendas da marca  se esgotarem em poucas horas. (Amarante do Brasil/Divulgação)

A aparição de Juliette com um vestido da Amarante fez as vendas da marca se esgotarem em poucas horas. (Amarante do Brasil/Divulgação)

JS

Julia Storch

Publicado em 12 de janeiro de 2022 às 11h28.

Última atualização em 14 de janeiro de 2022 às 11h32.

Como estratégia para atingir o grande público, marcas vêm se aliando ao marketing de influência. É o caso da Amarante do Brasil, marca que fez sua estreia ao vestir a ex-BBB Juliette com um vestido cor-de-rosa em sua primeira entrevista pós-sagração como vencedora da última edição do reality show. O sucesso foi instantâneo, sem mesmo o lançamento oficial da marca, a Amarante já possuía mais de 100 mil seguidores no Instagram.

Em entrevista à Casual, Eduardo Amarante, estilista e sócio da Amarante e Hugo Olivo, CEO do Grupo La Moda, contam sobre o case de marketing de influência da Amarante e os projetos para o grupo.

Com mais de 35 anos no varejo brasileiro, liderada por marcas como Lança Perfume, Lança Perfume Easy e My Favorite Things, a La Moda percebeu oportunidades de mudança com o cenário pandêmico, lançar roupas casuais. Com isso, surgiu a marca Lança Perfume Easy. “A Lança Perfume Easy é uma variação da própria Lança Perfume, mas voltada para peças para se usar em casa”, explica Olivo.

Outro ponto notado no período pelo empresário foi uma maior presença de consumidores nas redes sociais, e com isso, a ideia de lançar uma marca personificada. “Nós temos um conjunto de marcas e pessoas que faziam o papel criativo dentro dessas marcas, mas que não tinham papel social. Com a pandemia percebemos que a associação do criador junto com a marca estava maior, além de ser uma maneira mais fácil e rápida de se comunicar com o nosso consumidor”. Assim, no final de 2020 foi feito um convite para que Eduardo Amarante assumisse o papel de diretor criativo e assinasse seu sobrenome na nova marca, a Amarante do Brasil.

Sem lojas físicas ou mesmo coleção e estoque de peças, a marca se tornou um sucesso no começo do ano passado, quando Juliette, ao sair do BBB, usou uma peça da marca em sua primeira entrevista fora da casa. Um vestido cor-de-rosa fez com que o perfil do Instagram da marca atingisse mais de 100 mil seguidores.

"A iniciativa de vestir a campeã do reality show surgiu de Eduardo, e a gente acabou lançando o primeiro produto oficial da marca. Todo mundo queria saber quem era o estilista que estava por trás. O Eduardo é influenciador, criador de conteúdo e trafega na gestão de moda na comunicação e relacionamento com o consumidor, além de vestir as pessoas mais legais do Brasil”, comenta Olivo.

No Instagram da marca, a vitrine das peças é composta por cantoras sertanejas, como Paula Fernandes, Maiara, da dupla com Maraisa, Elba Ramalho, apresentadoras como Eliana e Mônica Salgado e ex-BBBs como Juliette e Thais Braz. No Réveillon, a marca vestiu mais de 20 influenciadoras “de forma orgânica”, ou seja, sem convites ou pagamento de cachês.

Porém, em uma era em que o cancelamento toma conta de quem se posiciona nas redes sociais, seja qual pensamento for, há o risco para as marcas em se atrelarem a personalidades. Para Olivo, esta estratégia é fundamental para a Amarante. “As pessoas querem posicionamentos, o que você mais vê são marcas mornas que não se posicionam porque tem medo do cancelamento e do que as pessoas vão dizer. Nós acreditamos justamente em ter personalidade e trabalhar com pessoas que tem [personalidade]. Corremos esse risco”.

https://www.instagram.com/p/COfialzN07R/?utm_source=ig_web_copy_link

Com tíquete médio de 2.000 reais, e peças custando até 3.117 reais, a marca é considerada de alto luxo, mas segundo seus fundadores “consegue, de certa forma, atender mulheres de uma maneira democrática.”

O faturamento de 2021 da La Moda foi de 430 milhões de reais, com projeção para 550 milhões de reais para 2022. Por meio de suas marcas, o grupo está presente em todo o país, com 25 lojas próprias e 2.500 pontos de venda de multimarcas.

Presente em sete países (Paraguai, Bolívia, República Dominicana, Porto Rico, Estados Unidos, Nova Zelândia e Angola), a Amarante vendeu mais de 30 mil peças em seis meses desde o lançamento. Com isso, a marca representou 3,5% do faturamento do grupo no ano passado. Para este ano, a empresa prevê faturar 40 milhões de reais. Para isso, pretende inaugurar uma loja física em São Paulo.

Recentemente a modelo e apresentadora Fernanda Motta assinou uma coleção homônima. E as outras coleções da são inspiradas nos estados brasileiros. Paraíba, Bahia e Santa Catarina já deram seus estilos às coleções. O próximo destino é a Amazônia. E quando acabarem os estados? “Iremos para cidades”, comenta o estilista.

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