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Após transplante, Fasano promove campanha para aumentar doações de órgãos

O restaurateur Rogério Fasano, que se recupera de um transplante de fígado, iniciou uma campanha em favor da doações de órgãos ao publicar anúncio

O empresário Rogério Fasano (Divulgação/Divulgação)

O empresário Rogério Fasano (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 09h37.

O empresário Rogério Fasano, dono do restaurante Gero Fasano, de São Paulo, entre outros, que se recupera de um transplante de fígado, iniciou uma campanha em favor da doações de órgãos ao publicar anúncio defendendo a doação. O movimento no procedimento registrou forte queda durante boa parte do período da pandemia da covid-19. Procurado, Fasano não quis comentar a cirurgia nem falar a respeito da campanha.

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No período da pandemia a partir de 17 de março até 30 de junho, houve uma redução de 33% na doação de órgãos para transplantes, segundo levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Publicação da entidade informa que houve 49% de queda no número de transplantes de todos os órgãos e 45% no número de inscrições em lista.

De acordo com o presidente da Abto, José Huygens Garcia, no trimestre de julho a setembro, porém, já se observa uma recuperação nos números, que estão sendo atualizados e devem ser divulgados ainda nesta semana. "Já se pode notar a recuperação", adiantou Garcia. "No Nordeste houve redução de até 70%", alertou.

"No Sudeste e no Sul o impacto foi menor", prosseguiu.

Garcia afirmou que o sistema brasileiro de transplantes de órgãos "é transparente e confiável". De acordo ele, não há privilégios nas listas. "Todos têm respeitadas as suas inscrições e não há como burlar o sistema", afirmou. "Isso é importante para que a população saiba que o sistema funciona de maneira transparente", acrescentou.

O vice-presidente da entidade, Gustavo Fernandes Ferreira, em artigo publicado na revista da Abto, relatou que "houve uma discreta recuperação da atividade de transplantes no País, com estabilização nos números, desde final de março". Segundo Ferreira, há uma disparidade regional importante, com as regiões Norte e Nordeste mais impactadas durante a pandemia. "Quando avaliamos por órgão, o pulmão foi o mais impactado (85%), seguido do pâncreas (65%), do coração (62%), do rim (50%) e finalmente do fígado (39%)", apontou.

Dados da publicação mostram ainda que de janeiro a junho de 2020 houve no País 148 transplantes de coração, 979 de fígado, 61 de pâncreas, 35 de pulmão, 2.409 de rim, num total de 3.632. Desses 274 foram de doadores vivos e 3.358 de falecidos. Houve ainda procedimentos de córnea (3.963) e 1.302 de medula óssea no período, segundo dados da Abto.

Já contando com números de procedimentos durante a pandemia, segundo alerta a entidade, os números apontam para queda nos transplantes com doador vivo, tanto de rim (58,5%) quanto de fígado (23,6%). As primeiras avaliações sobre esta redução são de que a queda ocorreu "para evitar o risco de o doador adquirir covid durante a internação para o procedimento", diz a Abto.

De acordo com análise da publicação, o primeiro semestre teve, comparado a igual período de 2019, uma diminuição no número de transplantes de fígado (6,9%), rim 18,4%), coração (27,1%), pulmão (27,1%), pâncreas (29,1%) e, "de forma mais acentuada" no transplante de córneas (44,3%) provocada "pela suspensão das atividades de grande parte dos serviços".

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