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Após atraso pela covid-19, sede da Copa feminina de 2023 sai hoje

Em votação online, Fifa decide hoje entre Austrália/Nova Zelândia ou Colômbia. Brasil e Japão desistiram da candidatura

SELEÇÃO FEMININA: Brasil desistiu da candidatura por falta de apoio financeiro do governo (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

SELEÇÃO FEMININA: Brasil desistiu da candidatura por falta de apoio financeiro do governo (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

A Fifa, entidade que comanda o futebol mundial, realiza nesta quinta-feira (25) a escolha da sede da próxima Copa do Mundo de futebol feminino, em 2023. A reunião para decidir sobre o assunto deveria ter ocorrido no início de junho, mas, por causa da pandemia do coronavírus, foi adiada para hoje.

Participarão da votação online 37 membros do Conselho da Fifa. As favoritas para sediar a competição são a Austrália e a Nova Zelândia, que apresentaram candidatura conjunta. A outra concorrente é a Colômbia, considerada um azarão.

Até o início do mês, outros dois países ainda estavam no páreo: o Brasil e o Japão. No dia 8 de junho, porém, a CBF, entidade que dirige o futebol no Brasil, anunciou a retirada da candidatura do país por não ter obtido do governo brasileiro as garantias financeiras exigidas pela Fifa. Em nota, a CBF afirmou entender a posição do governo. “Por conta do cenário de austeridade econômica e fiscal, fomentado pelos impactos da pandemia da covid-19, não seria recomendável, neste momento, a assinatura das garantias solicitadas pela Fifa”, disse o comunicado.

Pesou também para a decisão da CBF o fato de o Brasil já ter sediado nos últimos anos vários eventos esportivos internacionais, entre eles a Copa do Mundo masculina de 2014 e a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro. Essas competições resultaram em enormes gastos públicos e espalharam vários elefantes brancos pelo país. Com sua desistência, o Brasil passou a apoiar a candidatura da Colômbia.

Por sua vez, o Japão, outro país que ainda estava na disputa pela sede da Copa do Mundo de 2023, anunciou sua desistência na última segunda-feira. O principal motivo alegado é o adiamento da Olimpíada de Tóquio, que foi transferida deste ano para 2021, por causa do coronavírus. O intervalo de apenas dois anos para organizar a Copa do Mundo feminina após a Olimpíada levou o Japão a desistir de sua candidatura em 2023.

Antes mesmo da saída do Japão da disputa, a candidatura conjunta da Austrália e da Nova Zelândia despontava como favorita. Em um relatório divulgado pela Fifa há duas semanas, a Austrália e a Nova Zelândia receberam 4,1 pontos de um total de 5 possíveis. O Japão recebeu 3,9 pontos e a Colômbia, 2,8. Os dois países da Oceania pretendem investir 107,5 milhões de dólares para organizar a Copa em 2023, mais que o dobro do que o Japão e a Colômbia haviam proposto.

Embora sem o mesmo apelo da Copa do Mundo masculina, o futebol feminino tem despertado crescente interesse. A última Copa do Mundo feminina, disputada na França, em 2019, bateu recordes de audiência. Pouco mais de 1,1 bilhão de pessoas no mundo assistiram aos jogos pela TV ou pela internet. A Copa foi conquistada pelos Estados Unidos, os maiores vencedores do torneio, com quatro títulos. O Brasil nunca foi campeão. Seu melhor desempenho até agora em oito edições foi um vice-campeonato em 2007, na China, quando perdeu a final para a Alemanha.

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