Casual

Após 4 anos, polvo Paul segue imbatível nas previsões

A expectativa é que um novo Paul aparecesse, mas ninguém conseguiu assumir o posto após a morte do original em 2010


	Polvo Paul: o molusco morreu de causas naturais
 (Wikimedia Commons)

Polvo Paul: o molusco morreu de causas naturais (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 08h15.

São Paulo - Em 2010, além da seleção da Espanha, quem encantou o mundo foi o polvo Paul e suas previsões. O molusco virou referência, a ponto de torcedores comemorarem quando seu país era o eleito pelo animal. Quatro anos depois, a expectativa é que um novo Paul aparecesse, já que o original morreu em outubro de 2010. Muitas tentativas em todo o mundo, mas ninguém conseguiu assumir o posto vago.

Não faltaram tentativas de se tornar o novo guru animal do futebol. Houve uma leoa holandesa, porco-espinho tailandês, porquinho-da-índia suíço, papagaio espanhol, dentre outros. Todos acertaram alguns palpites, mas erraram muito mais. Como já era de se esperar, o torcedor brasileiro foi quem mais tentou emplacar um novo ídolo animal.

Tivemos o macaco Robinho, a cabra Dolly, a capivara Paul e os peixes Neymar e Fred, que eram até mais audaciosos e não só arriscavam quem venceria os jogos, como também o placar. Uma bola era colocada na água, os peixes davam rabadas na bolinha e acertavam um gol colocado fora do tanque onde eles eram colocados.

Na estreia da seleção brasileira, contra a Croácia, acertaram em cheio o placar de 3 a 1. Parecia que tinham descoberto um novo Paul, mas foi ilusão. Eles erraram absolutamente tudo depois. Deram que seria 2 a 0 contra o México (foi 0 a 0), Brasil faria 3 a 1 em Camarões (foi 4 a 1), e o time de Felipão faria 4 a 1 nos chilenos (jogo acabou 1 a 1 e o Brasil passou só nos pênaltis).

O macaco Robinho acertou todos os jogos do Brasil na primeira fase. Depois, deve ter desaprendido como antecipar o futuro, já que apostou na vitória do Chile nas oitavas de final e, depois, da Colômbia. Até o mascote da Copa tentou cavar seu espaço. O tatu Norman, do zoológico de Münster, na Alemanha, acertou que a Alemanha venceria Portugal, mas não foi adiante em seus pitacos.

No Guarujá (SP), um aquário criou uma disputa entre seus animais. O pinguim e a tartaruga disputam, jogo a jogo, a liderança de quem acerta mais, com a raia logo atrás. Polvo e leão-marinho correm por fora na disputa. Em cada jogo, é feito um vídeo no qual os animais dão seus palpites.

Em Curitiba, o fato de ter o mesmo nome que o polvo não foi suficiente para ajudar a capivara Paul a acertar o futuro. Pelo contrário. O animal não conseguiu acertar nem um palpite sequer, mas, mesmo assim, se tornou celebridade e constantemente aparece nas redes sociais.

As tartarugas Cabeção e Momario também tiveram destaque. A primeira, brasileira, serve para promover o Projeto Tamar, que visa a preservação da espécie. Já Momario é uma tartaruga promovida por um programa de TV alemão e que acertou a vitória da Alemanha sobre Portugal e o empate com Gana.

O curioso é que não houve palpite para o jogo contra os Estados Unidos e no país chegou-se a criar teorias da conspiração para explicar o sumiço de Momario. Mas após o susto, ela reapareceu e errou feio, já que apostou na Argélia contra a Alemanha, pelas oitavas de final.

O polvo Paul se tornou conhecido em 2010 por acertar todos os resultados que antecipou durante a Copa, inclusive que a Espanha venceria a Holanda na decisão.

Um aquário de Madri chegou a oferecer uma fortuna para o aquário de Oberhausen, na Alemanha, mas os proprietários não aceitaram. O molusco morreu no dia 26 de outubro de 2010, de causas naturais.

Na maioria das vezes, a tentativa de transformar um animal em um ser que prevê o futuro se dá oferecendo comida para ele e tudo não passa de brincadeira, embora muitos acabem lucrando com a ação, como aconteceu com os donos do polvo Paul.

SEM BRINCADEIRA - Na China, as autoridades não permitiram que filhotes de panda-gigante entrassem na festa. Veterinários locais explicaram que a atitude foi para preservar a "saúde e a segurança" dos animais, que correm risco de extinção.

Os pandas fizeram previsão durante a Eurocopa de 2012. Para escolher o vencedor, eles escalavam uma árvore para pegar a comida na cesta do "vencedor". O temor dos chineses é que algum animal pudesse cair ou, então, ser explorado comercialmente.

Enquanto isso, Paul continua sendo o rei dos palpites. Com a Copa no fim, tudo caminha para que a procura por um novo animal guru continue até 2018.

Acompanhe tudo sobre:AnimaisCopa do MundoEsportesFutebolSeleção Brasileira de Futebol

Mais de Casual

Esta rua superou a Quinta Avenida, em Nova York, como a mais cara do mundo para varejo

Os sucessos do cinema e a magia dos contos de fada ganham vida nos Parques Temáticos da Disney

Qual a diferença entre vinho orgânico, biodinâmico, convencional e natural

Hyrox: a nova competição fitness que está conquistando o mundo