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Após 30 anos, Chanel lança seu primeiro relógio masculino

Relógio possui detalhes técnicos que devem chamar a atenção de entusiastas - isto inclui indicação retrógrada de minutos

Chanel Monsieur: em 2016, a companhia produzirá 150 unidades feitas de ouro “bege” (Divulgação)

Chanel Monsieur: em 2016, a companhia produzirá 150 unidades feitas de ouro “bege” (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 09h02.

Em seus 30 anos, a Chanel nunca teve um relógio exclusivamente masculino que compusesse sua coleção. Pois a companhia acaba de apresentar Chanel Monsieur, uma peça elegante, de alto acabamento, com um movimento desenhado pela própria companhia, este detalhe também é a primeira vez da companhia.

De acordo com Nicolas Beau, diretor internacional de relojoaria da Chanel, afirma que a inserção da companhia no universo de relógios masculino tem um motivo bastante simples de ser explicado. “Queríamos explorar todas as categorias de relojoaria. A motivação da marca é de não limitar seus relógios a uma audiência em específico. ” Até então, o único relógio Chanel a ser usado por um homem foi um modelo J12. Beau estima que entre 10 e 15 por cento dos usuários do modelo J12 são homens.

O movimento, chamado calibre 1, foi desenvolvido por um time de 8 pessoas na facilidade de produção da Chanel em La Chaux-de-Fonds, G&F Châtelain. O trabalho no novo movimento teve início em 2011. A montagem do calibre também acontece por lá.

O relógio possui detalhes técnicos que devem chamar a atenção de entusiastas. Isto inclui uma indicação retrógrada de minutos. Por viajar em um arco de 240 graus – bastante longo para relógios comuns –, o diretor da companhia afirma que o retorno do ponteiro à posição inicial exige uma força bastante alta e ocasiona um choque forte, então requer um design especial. Outra indicação interessante é o display digital com salto instantâneo que pode ser ajustado pelo usuário para frente ou para trás.

O sistema de salto das horas e o mecanismo retrógrado dos minutos são completamente integrados, ao invés de modulares. O movimento é equipado por dois barriletes e oferece três dias de reserva de energia.

Os primeiros anúncios publicitários a respeito do novo relógio apresentarão apenas o verso da peça e não seu mostrador. Chanel se esforçou para fazer um movimento agradável esteticamente, que incorporasse peças esqueletizadas, pontes circulares (que formam um interessante número 8, para atrair a atenção do mercado oriental). Os acabamentos combinam tons foscos e brilhantes, assim como cinza e preto. O ajuste do relógio forma uma estrela, símbolo da companhia. O movimento possui 32 mm de diâmetro, 5,5 mm de espessura e opera a 28.800 vph.

Muito do que é visível no verso da caixa é trabalho de Romain Gauthier, muito conhecido na indústria relojoeira pelos seus relógios e movimentos de alto acabamento. Gauthier fez algumas engrenagens e pontes do calibre. A Chanel e proprietária de uma pequena parte da companhia, que é baseada em Le Sentier, na Suíça.

Apesar da companhia colocar bastante ênfase no quesito de alta relojoaria, Beau acredita que a peça atrairá homens que não fazem parte de um universo tão seleto, quanto os apreciadores da alta relojoaria.

O dial do relógio combina traços modernos e tradicionais. Os algarismos apresentados no mostrador possuem uma fonte elaborada apara lembrar mostradores digitais. Ele possui tonalidade prata opalina; sobre ele um cristal de safira levemente curvado.

São 40 mm de diâmetro e 10,4 mm de espessura. Para 2016, a companhia produzirá 150 unidades feitas de ouro “bege”, como a companhia chama, já que possui um leve toque amarelo, e outras 150 em ouro branco. Os modelos custam US$ 34.500 e US$ 36 mil, respectivamente. Os valores não incluem impostos e taxas.

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