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Aos 101 anos, morre a artista plástica Tomie Ohtake

Ela estava internada há uma semana no Sírio-Libanês devido a uma pneumonia


	Tomie Ohtake: ela é um dos maiores nomes da pintura brasileira
 (Reprodução/Facebook/Instituto Tomie Ohtake)

Tomie Ohtake: ela é um dos maiores nomes da pintura brasileira (Reprodução/Facebook/Instituto Tomie Ohtake)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 13h24.

São Paulo - Morreu nesta quinta-feira, aos 101 anos, a artista plástica Tomie Ohtake. A informação foi confirmada pelo Instituto que leva seu nome.

O velório será realizado nesta sexta-feira (13), no Instituto Tomie Ohtake, localizado na Rua Coropés nº 88, no bairro de Pinheiros, São Paulo, entre as 8h e as 14h.

A artista estava internada desde o dia 2 no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, devido a uma pneumonia.

Na terça-feira, pouco antes de receber alta, ela foi levada às pressas à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após sofrer uma broncoaspiração.

Tomie estava ativa nas artes plásticas até novembro do ano passado, um mês antes de sua saúde começar a ficar mais fágil.

Biografia

A artista nasceu em Kyoto, no Japão, em 1913. Em 1936, veio visitar o irmão no Brasil, se encantou com o país e, devido também aos terríveis efeitos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) no Japão, acabou optando por morar em São Paulo.

Na capital paulista, se casou e teve dois filhos, Ruy e Ricardo Ohtake, e naturalizou-se brasileira.

Começou a pintar tardiamente, aos 39 anos, e logo suas obras ganharam projeção internacional. Nos anos 60, o estilo abstrato consolidou sua fama na pintura e na gravura.

Além dessas duas vertentes, Tomie passou a realizar esculturas em grandes dimensões para espaços públicos a partir dos anos 90. Hoje, 27 obras públicas assinadas por ela compõem a paisagem urbana de metrópoles brasileiras.

Ao longo de 50 anos de carreira, suas produções conquistaram nomes célebres como a Rainha da Inglaterra Elizabeth, o escritor português José Saramago e a artista Yoko Ono.

Tomie participou de cinco edições da Bienal Internacional de São Paulo, conquistou 28 prêmios, além de ter realizado cerca de 50 exposições individuais e 85 coletivas, no Brasil e no exterior. 

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