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Álcool: amigo ou inimigo da dieta?

Bebidas alcoólicas podem fazer bem, mas petiscos e consumo além da conta são os principais vilões da balança

Se consumida com moderação, bebidas alcoólicas, como a cerveja, podem até fazer bem à saúde (Kristian Rasmussen / Stock Xchng)

Se consumida com moderação, bebidas alcoólicas, como a cerveja, podem até fazer bem à saúde (Kristian Rasmussen / Stock Xchng)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 16h19.

São Paulo – Apesar da famosa expressão “barriga de cerveja”, esse não é necessariamente o destino de quem gosta de consumir bebidas alcoólicas. Diversas pesquisas têm apontado que beber não está diretamente ligado ao aumento de peso e que tomar umas e outras de vez em quando pode até fazer bem à saúde.

“Doses equilibradas de álcool podem certamente prevenir doenças cardiovasculares, evitar inflamações e impedir o acúmulo de gordura no fígado”, afirma a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional. A nutricionista Vânia Barberan, membro do Conselho Regional de Nutricionistas do Rio de Janeiro, concorda e cita a “dieta do mediterrâneo” como exemplo.

Nela, é recomendado o consumo diário de vinho (uma taça para mulheres e duas para homens), que pode ainda combater o envelhecimento precoce, doenças degenerativas e diabetes, segundo estudos. A cerveja também pode ser benéfica para a saúde, de acordo com uma pesquisa espanhola de 2011. O levantamento indica que uma caneca de cerveja por dia ajuda a prevenir a diabetes, a hipertensão e até mesmo o ganho de peso.

Roseli Rossi diz que estudos populacionais revelam que homens que bebem moderadamente têm, em média, o mesmo peso dos abstêmios. Isso porque a bebida alcoólica estimula a região de prazer e recompensa no cérebro, podendo substituir alimentos que provocam a mesma sensação, ricos em carboidratos refinados, sal e gorduras.

Mas, antes de brindar a notícia, é preciso lembrar alguns detalhes. “Hoje, o consumo de cerveja no Brasil é absurdo”, afirma Vânia. Dados do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), de 2010, apontam que a produção brasileira de cerveja foi de 12,6 bilhões de litros no ano – maior do que Alemanha e Rússia.


Um consumo compatível com essa produção pode colocar qualquer dieta em perigo. Apesar de 200 mililitros de cerveja ter pouco menos que 90 calorias (valor próximo ao de um pote da mesma quantidade de iogurte desnatado), dificilmente o consumo para em apenas um copo.

“Ninguém senta em um bar, toma um copo de cerveja e vai embora. A pessoa bebe, come um salgado e, quando come, dá vontade de beber mais. Aí, quando ela vê, já tomou oito doses”, diz Vânia Barberan. Essa combinação explosiva de álcool e petiscos gordurosos também é uma ameaça quando se diz respeito a outros tipos de bebidas.

Segundo a nutricionista Roseli Rossi, quanto maior o teor alcoólico de uma bebida, mais calorias ela terá e, consequentemente, maior será seu poder engordativo. Enquanto 200 mililitros de vinho tinto têm 144 calorias, a mesma quantidade de vodca tem 462 calorias, por exemplo.

“Cada grama de álcool contém sete calorias (três a mais do que o açúcar comum), que podem ser chamadas de ‘calorias vazias’, pois não nos oferecem nenhum nutriente, apenas nos dão uma falsa ilusão de saciedade”, afirma. É por isso que, para as especialistas, aliar moderação e reduzir os tira-gostos na mesa do bar são as melhores maneiras de aproveitar os benefícios que a bebida pode trazer, sem brigar com a balança depois.

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