Casual

Airbnb anuncia mudanças para evitar que usuários reservem quartos ruins

Empresa busca aliar diferenciais de sua plataforma com confiabilidade gerada pelos hotéis

Brian Chesky, CEO do Airbnb (Airbnb/Divulgação)

Brian Chesky, CEO do Airbnb (Airbnb/Divulgação)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 8 de novembro de 2023 às 10h00.

Última atualização em 8 de novembro de 2023 às 11h27.

Nova York - O Airbnb lança, nesta quarta-feira, 8, mudanças na plataforma para destacar hospedagens que tenham a melhor avaliação dos viajantes. A novidade é parte de uma estratégia para estimular que os hóspedes tenham experiências melhores, especialmente os de primeira viagem.

"23% dos nossos novos clientes reservam hospedagens com baixa avaliação. Eles muitas vezes não sabem a diferença entre um bom e mau anúncio, ou um realmente bom. O problema é que pode ser difícil de saber o que você vai encontrar", disse Brian Chesky, CEO do Airbnb, durante uma apresentação a jornalistas em Nova York.

"Você sabe exatamente o que vai encontrar em um hotel. E essa é a razão número um pela qual as pessoas escolhem hoteis em vez do Airbnb", prosseguiu Chesky.

Para tentar resolver esta questão, a empresa criou uma nova categoria, chamada Preferidos dos Hóspedes (Guest Favorite), que reunirá acomodações que atendam a alguns indicadores, como ter avaliação média acima de 4,9 estrelas (de 5), ter taxa de cancelamento pelo anfitrião abaixo de 1% e notas altas em termos como facilidade de check-in, limpeza, exatidão do anúncio, localização e custo-benefício.

"Nos perguntamos se poderíamos combinar os aspectos únicos do Airbnb com a confiabilidade que você espera de um hotel", disse o CEO.

O novo selo será dado de forma automática a todas as hospedagens que atendam aos critérios. Elas devem aparecer com destaque nas buscas. O Airbnb estima que 2 milhões dos cerca de 7 milhões de hospedagens listadas na plataforma deverão receber a certificação.

A empresa também fará mudanças na exibição dos comentários e das notas de avaliação. Haverá filtros para ordenar as postagens por data ou nota, e mais detalhes sobre como foi a viagem de quem escreveu o comentário, como a duração da estadia ou se viajavam com a família ou amigos.

Para os hosts, haverá novas ferramentas para a criação de anúncios, como uma função que organiza automaticamente as fotos enviadas em ambientes, como quarto, sala e cozinha, feita com uso de inteligência artificial.

Os donos dos imóveis também terão uma função para ver quanto outras hospedagens similares na concorrência estão cobrando, e ver de forma mais clara quanto os hóspedes estão pagando de fato, como as taxas de serviço.

O Airbnb vive um momento de crescimento de receita. No terceiro trimestre de 2023, a empresa faturou 3,4 bilhões de dólares, alta de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. No período, houve 113 milhões de reservas, que movimentaram 18,3 bilhões de dólares.

O Brasil é o principal mercado para o Airbnb na América Latina, em volume de anúncios e número de anfitriões. A região foi a que mais cresceu no terceiro trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período de 2019, antes da pandemia. As reservas quase dobraram na região entre 2019 e 2023.

A empresa também viu alta nas viagens domésticas no país. Desde 2020, quase 600 cidades tiveram sua primeira reserva na plataforma. E, em 2022, as reservas domésticas, feitas por brasileiros, subiram 95% em relação a 2021.

O reporter viajou a convite do Airbnb

Acompanhe tudo sobre:AirbnbTurismo

Mais de Casual

A aposta do momento do grupo LVMH: o segmento de relojoaria de luxo

O que acontece com as cápsuals de café após o uso?

9 hotéis para aproveitar o último feriado prolongado de 2024

Concurso elege o melhor croissant do Brasil; veja ranking