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Adeus aos bartenders: em breve robôs vão preparar sua bebida

O receio de espaços fechados e de pessoas displicentes, que não respeitam o distanciamento social, pode mudar a cultura de beber

Bares: robôs no lugar dos bartenders pode se tornar uma realidade permanente (Divulgação/Divulgação)

Bares: robôs no lugar dos bartenders pode se tornar uma realidade permanente (Divulgação/Divulgação)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 13 de agosto de 2020 às 14h59.

Última atualização em 13 de agosto de 2020 às 15h43.

Embora pareça surgir um vídeo a cada dia de jovens sem máscara socializando alegremente do lado de fora (e dentro) dos bares, na verdade muitas pessoas têm bebido menos durante a pandemia. Metade dos americanos dizem que não se sentem animados em retornar ao seu bar favorito.

De fato, o receio de espaços fechados e de pessoas displicentes, que não respeitam o distanciamento social, pode mudar a cultura de beber no longo prazo. E já ameaça o futuro do seu simpático barman.

Coquetéis preparados por robôs em balcões estão disponíveis há anos. Opções comerciais em larga escala têm combinado bebidas e entretenimento, usando braços robóticos para agitar coquetéis em clubes da Europa a Dubai e a bordo de navios de cruzeiro. Mas a pandemia pode ter aberto a porta para uma expansão.

Uma mulher tirando a máscara rosa em um bar vazio e estalando copos com um barman robótico não seria o anúncio de bebida típico antes da Covid-19. Mas em uma época em que companheiros de bebida e bartenders são possíveis vetores de doenças, a austeridade dos coquetéis sem contato pode ser reconfortante.

“Em bares robóticos como o nosso, não há nenhum tipo de contato (com as pessoas) porque você pode fazer pedidos e pagar pelo celular, então você não toca em nada”, disse Emanuele Rossetti, CEO da Makr Shakr, com sede em Torino, Itália.

No entanto, mixologistas robóticos não resolverão o risco da proximidade - que é parte do que torna os bares focos ideais para transmitir o coronavírus. Seu bar preferido provavelmente também não tem dinheiro atualmente para instalar um robô de mais de US$ 100 mil. E clientes de maior peso, como empresas de cruzeiros que estão ancorados há meses, enfrentam uma crise financeira devido à pandemia. Rossetti disse que o impacto inicial foi uma “desaceleração muito grande”, mas as conversas sobre novos pedidos foram retomadas.

Dina Zemke, professora associada da Universidade Ball State, que estuda como os ambientes físicos afetam os serviços, disse que bartenders robóticos são mais entretenimento do que mixologistas sérios. Ela disse que embora bartenders ainda tenham futuro, os bares em si podem mudar.

Existem opções semirrobóticas que podem se tornar mais populares - como distribuidores automáticos para vinho e bebidas mistas, disse. E também há opções sem álcool: “Sally” é um robô que faz saladas e custa US$ 35 mil e tem como objetivo limpar o bufê de saladas do supermercado.

Mas Alan Adojaan, diretor-presidente da startup Yanu, de Tallinn, na Estônia, disse que sua empresa criou um protótipo de barman robô que tem atraído o interesse de aeroportos e cassinos.

“O conceito de bar está mudando completamente, assim como o conceito de casas noturnas e eventos públicos”, disse Adojaan. Embora humanos sejam necessários para a manutenção e reposição de bares automatizados, mixologistas mecanizados de fato são bem-sucedidos em eliminar a interface cliente-barman.”

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