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Adele arrasa nos Grammys, marcados pela morte de Whitney Houston

Cantora não pôde evitar soluçar nervosa ao se lembrar de sua mãe, seus amigos e inclusive dos médicos que a operaram das cordas vocais

Adele ganhou 6 prêmios em cerimônia marcada pela repentina morte, no sábado, de Whitney Houston (Kevork Djansezian/Getty Images)

Adele ganhou 6 prêmios em cerimônia marcada pela repentina morte, no sábado, de Whitney Houston (Kevork Djansezian/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 04h55.

Los Angeles - A artista britânica Adele foi a grande vencedora neste domingo (horário local de Los Angeles, madrugada de segunda-feira em Brasília) da 54ª edição dos Prêmios Grammy, depois de ganhar 6 prêmios em cerimônia marcada pela repentina morte, no sábado, de Whitney Houston.

Adele, de 23 anos, confirmou as expectativas e conquistou todos os prêmios aos quais foi indicada após arrasar nas listas de sucessos com 'Rolling in the Deep'.

Essa música foi nomeada melhor canção e melhor letra de 2011 e o disco '21', o segundo de sua carreira, foi reconhecido como melhor álbum.

Seria preciso remontar a 2007 para encontrar um domínio tão arrasador de um artista nos Grammy. Naquela ocasião, a glória foi para Dixie Chicks com seu 'Not Ready To Make Nice', incluída em seu álbum country 'Taking the Long Way'.

Adele levou, além disso, outros três fonógrafos dourados pela melhor atuação solo em pop com 'Someone Like You', melhor álbum vocal pop com '21', e melhor vídeo musical de curta duração ('Rolling in the Deep').

Breve nas palavras ao receber os prêmios, Adele não pôde evitar soluçar nervosa ao se lembrar de sua mãe, seus amigos e inclusive dos médicos que a operaram há cinco meses das cordas vocais, depois que teve que suspender sua turnê americana por problemas de saúde.

'Este disco é inspirado em uma relação miserável e este foi um ano que mudou minha vida', admitiu a britânica, que fez sua primeira apresentação após sua passagem pela sala de cirurgia e exibiu sua poderosa voz ao interpretar 'Rolling in the Deep'.

'Foi um pouco traumático tudo em relação à operação, mas estar em silêncio em um mundo tão ruidoso foi realmente uma bênção do céu. Graças a deus minha voz está curada. Estou feliz de estar de volta, embora tenha desfrutado estando tranquila', comentou Adele ao final da festa à imprensa.

Os Grammys confirmaram o nascimento de uma nova diva da canção ao mesmo tempo em que disseram adeus a outra que reinou nos anos 80 e 90, Whitney Houston, cuja lembrança serviu para abrir a festa no Staples Center.

O mestre de cerimônias, o rapper LL Cool J, pediu uma oração em memória da cantora antes de abrir passagem para um vídeo no qual Whitney interpretava a música que a tornou mundialmente famosa, 'I Will Always Love You', a mesma canção que posteriormente Jennifer Hudson cantou e que foi o momento central da homenagem.


Whitney Houston morreu no sábado em um hotel de Los Angeles com apenas 48 anos de idade, por causas que ainda estão sendo investigadas.

Além de Adele e Whitney Houston, a festa teve entre seus protagonistas a banda Foo Fighters, que conseguiram cinco prêmios e dominaram nas categorias de rock; Kanye West, que obteve quatro fonógrafos em rap e não assistiu à cerimônia, e o DJ Skrillex, que ficou com três prêmios de música dance.

Com dois prêmios ficaram Taylor Swift, Bon Iver, Cee Lo Green, The Civil Wars, Tony Bennet e Chick Coreia.

Nas categorias latinas, entregues na cerimônia prévia à festa televisada pela rede 'CBS', o grupo Maná ganhou o Grammy de melhor álbum latino de pop, rock e urbano com 'Drama y Luz'; Pepe Aguilar venceu com 'Bicentenario' como melhor álbum de música regional mexicana e Los Tigres del Norte ganharam na categoria de melhor álbum nortista.

O venezuelano Gustavo Dudamel, diretor da orquestra filarmônica de Los Angeles, ficou com o Grammy de interpretação orquestral por 'Brahms: Symphony N. 4', enquanto o falecido contrabaixista cubano Cachao López e seu 'The Last Mambo' venceram no gênero de tropical latino.

O argentino Jorge Calandrelli ganhou seu quarto Grammy pelos arranjos instrumentais para o acompanhamento vocal de 'Who Can I Turn To (When Nobody Needs Me)', de Tony Bennett e Queen Latifah.

O veterano Bennett conseguiu o 17º fonógrafo dourado de sua carreira graças a seu dueto com a falecida Amy Winehouse, que morreu em julho do ano passado e cujos pais foram à cerimônia.

'Deus abençoe Whitney Houston, Etta James e Amy Winehouse. Há uma formosa banda de mulheres no céu', comentou Mitch Winehouse, pai da cantora britânica.

A cerimônia teve momentos extravagantes, como a apresentação de Nicki Minaj simulando um exorcismo e rodeada de um séquito disfarçado de sacerdotes, e instantes memoráveis, como o retorno de The Beach Boys e a improvisação na guitarra de Paul McCartney, Bruce Springsteen e Dave Grohl do Foo Fighters para encerrar a festa.

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