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Acho que sou afrodescendente de tanto que apanhei, diz Dunga

Ao ser perguntado sobre como compara a pressão sofrida por sua geração com a exercida sobre o atual time, Dunga usou uma expressão de conotação racista

Dunga: "até acho que sou afrodescendente, de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham para mim: 'Vamos bater nesse'" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dunga: "até acho que sou afrodescendente, de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham para mim: 'Vamos bater nesse'" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2015 às 20h42.

Concepción - Uma polêmica analogia marcou a entrevista coletiva do técnico Dunga nesta sexta-feira no estádio Ester Roa, em Concepción, onde a seleção brasileira vai enfrentar amanhã o Paraguai pelas quartas de final da Copa América.

Após ser perguntado sobre como compara a pressão sofrida por sua geração, quando era jogador, com a exercida sobre o atual elenco da seleção, Dunga, ao desabafar, acabou usando uma expressão de conotação racista.

"Nós (geração das Copas de 1990 e 1994) éramos ruins com sorte. Os outros eram bons com azar. Aquela seleção tinha uma cobrança de 40 anos sem ganhar uma Copa América e 24 anos sem ganhar a Copa do Mundo. Tudo o que fazia era ruim. Até acho que sou afrodescendente, de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham para mim: 'Vamos bater nesse'. E começam a bater, sem noção", declarou.

Dunga também disse que as críticas que recebeu a seleção brasileira depois da última Copa do Mundo foram "muito duras" e que, se a seleção atual é "tão ruim" quanto se diz, não deveria ser submetida a tanta pressão.

Brasil e Paraguai se enfrentam neste sábado às 18h30 (horário de Brasília). O vencedor vai encarar, nas semifinais, quem passar no duelo de hoje entre Argentina e Colômbia.

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