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Acampar em Nova York é experiência mais glamorosa do que parece

A Governors Island fica a apenas oito minutos de balsa do extremo sul de Manhattan e já é um dos refúgios de verão preferidos de nova-iorquinos

Governors Island: Ilha tem espaço verde de quase 70 hectares sem automóveis (Phototreat/Thinkstock)

Governors Island: Ilha tem espaço verde de quase 70 hectares sem automóveis (Phototreat/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 8 de julho de 2018 às 19h43.

A Governors Island fica a apenas oito minutos de balsa do extremo sul de Manhattan (cinco minutos se você sair do Pier 6 do Brooklyn) e já é um dos refúgios de verão preferidos de nova-iorquinos atribulados. Antes que você tenha tempo de guardar sua bicicleta e mergulhar em seus pensamentos, você foi transportado para um espaço verde de quase 70 hectares sem automóveis e com campos de jogos e edifícios históricos, instalações de arte e redes, além de um ritmo mais lento.

Agora, você também poderá dormir lá.

Após abrir no dia 29 de junho, com uma grande inauguração marcada para 11 de julho, o Collective Governors Island é um "glamping" (acampamento glamoroso) da Collective Retreats que oferece aos hóspedes o tipo de experiência limitada que é tendência do turismo no momento.

"A Collective Retreats nasceu da crença de que a experiência de viagem não precisa se limitar a edifícios físicos que inevitavelmente começam a se desvalorizar e a se tornar desatualizados muito rapidamente após a inauguração", diz Peter Mack, CEO e cofundador da Collective Retreats. Sua missão, explica ele, é conectar os hóspedes à terra, às pessoas e a si mesmos. "Não pavimentamos estradas, estabelecemos fundações nem construímos estruturas permanentes para proteger e respeitar a terra em que operamos."

A empresa já oferece hospedagem sazonal de luxo em barracas de lona em outros destinos onde seria difícil construir um hotel sem afetar a beleza do lugar, como em ranchos de mais de 400 hectares em Vail, Colorado, e em Big Sky, Montana, perto do Parque Nacional de Yellowstone, em uma fazenda orgânica no Hudson Valley, Nova York, ou em um rancho de mais de 90 hectares em Texas Hill Country.

"Com esse retiro, estamos empolgados em oferecer um oásis para que nova-iorquinos e visitantes fujam do concreto e da correria da cidade, reconectem-se com a natureza e recarreguem as energias", diz Mack.

O modelo de negócios "com poucos ativos" da Collective Retreats - que subverte uma abordagem hoteleira tradicional porque a empresa não é dona do terreno onde seus acampamentos estão localizados e, em vez disso, investe na experiência dos hóspedes em um destino - não funciona apenas para a Trust for Governors Island, organização que atua como administradora junto com o Serviço Nacional de Parques dos EUA, mas também atrai claramente veteranos e inovadores do setor de viagens. Simon Turner, ex-presidente de desenvolvimento global da Starwood Hotels & Resorts Worldwide, entrou na empresa como investidor e consultor perto do final de 2017, quando uma rodada de US$ 10 milhões em financiamento também foi anunciada. Entre os investidores anteriores estão Sam Shank, fundador e CEO da Hotel Tonight; Evan Frank, cofundador e CEO do Onefinestay; e Brad Gerstner, fundador e CEO da Altimeter Capital.

O "glamping" também continua se desenvolvendo como uma tendência. Em um estudo de 2018, a empresa de viagens Cox & Kings classificou-o como uma das oito principais experiências que continuarão a crescer neste ano, como uma "experiência envolvente que não compromete o luxo". As buscas por "acampamento de luxo" e "glamping" também dobraram nos últimos três anos, de acordo com o Google Trends.

O acampamento Collective Governors Island será realizado sazonalmente, de maio a outubro. As tarifas variam de acordo com as datas e a disponibilidade, e custam a partir de US$ 150 por noite.

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