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Academias do Rio reabrem com agendamento dos alunos

De acordo com as regras de reabertura gradual impostas pela prefeitura, os locais podem funcionar em horário integral, mas com um terço da capacidade

Academias: locais são liberados a funcionar no Rio de Janeiro apesar da alta frequente de casos (José Cruz/Agência Brasil)

Academias: locais são liberados a funcionar no Rio de Janeiro apesar da alta frequente de casos (José Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de julho de 2020 às 18h20.

Última atualização em 2 de julho de 2020 às 23h40.

As academias de ginástica e outros estabelecimentos de atividades esportivas reabrem hoje, 2, no Rio de Janeiro, após terem sido fechados em meados de março devido à pandemia de covid-19. De acordo com as regras de reabertura gradual impostas pela prefeitura, as academias podem funcionar em horário integral, mas com agendamento de horário para os alunos e limitadas a um terço da capacidade.

Devem ser tomados todos os cuidados sanitários de higienização dos aparelhos, disponibilização de álcool em gel para os frequentadores, uso de máscara pelos funcionários e alunos e distância de 3 metros por pessoa.

O uso de piscinas está liberado apenas para aulas de natação. Espaços infantis, saunas e spas continuam proibidos. Atividades de crossfit estão liberadas, mas sem o uso de equipamentos de difícil higienização, como pneu e corda naval. Podem ser retomadas as aulas de luta e de dança, mas sem contato físico. O treinamento funcional na praia está autorizado apenas para atividades individuais.

Retomada

A Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil) informa que não tem dados sobre demissões e dificuldades enfrentadas pelo setor durante o período sem atividades presenciais. Mais de 30.000 academias permaneceram fechadas desde março em todo o país, segundo a entidade.

A Acad Brasil disponibilizou uma cartilha com orientações sobre a retomada das atividades.

Durante o período de fechamento, muitas mantiveram as atividades de forma online, com aulas ao vivo, pagas ou gratuitas, ou disponibilizando vídeos para treinamento em casa.

Preparação

Leonardo Britto é professor e sócio da Real Cross, academia de crossfit em Botafogo, na zona sul do Rio. Ele diz que perdeu 60% dos alunos durante o período em que ficou fechado, mas que conseguiu manter todos os funcionários e as contas em dia.

“Alunos que moram longe e treinavam com a gente, por causa do trabalho, pararam de pagar, outros tiveram redução salarial, ou foram demitidos. Outros saíram da cidade, já que estão em home office, foram para a casa dos pais. Nós conseguimos fazer uma adequação no aluguel, negociamos com um número bacana para os dois lados e conseguimos manter o pagamento de todos os colaboradores e todas as contas.”

Ele disse que emprestou os equipamentos para os alunos treinarem em casa e está preparando o retorno às atividades há um mês, com a adequação dos ambientes e separação de materiais que não poderão ser usados nesse primeiro momento, como as cordas de escalada. As aulas presenciais retornam na segunda-feira, com a redução de 20 para dez o máximo de alunos por turma.

“É um grande desafio para nós, gestores, e também para os clientes. Tem de haver um entendimento bem legal das duas partes. Prestamos um serviço em que a participação deles é fundamental.”

Distanciamento

Para Britto, ainda há dúvidas sobre as orientações. “Nas determinações sanitárias há a obrigatoriedade do uso de máscara, que não é recomendado para fazer atividade física. Ao suar com o exercício físico, molha a máscara e a umidade no tecido serve de porta de entrada para o vírus. Seria melhor não usar máscara e somente manter o distanciamento, como estão fazendo em outros países.”

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